A Dieta dos Nossos Ancestrais – Como Funciona, Cardápio e Dicas

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O brasileiro Caio Fleury, com o livro “A dieta dos nossos ancestrais”, traz à tona os alimentos consumidos pelos humanos na época paleolítica, levando o leitor a um estudo da evolução do homem; o livro conta, ainda, com o estilo de vida, o tipo de alimentação e a saúde dos ancestrais, comparando com a realidade do homem moderno, famoso pelo sedentarismo e por uma alimentação rica em carboidratos de alto índice glicêmico.

Também conhecida como dieta primal, low carb e dieta paleolítica, a dieta dos nossos ancestrais é comprovada cientificamente e indica o consumo de alimentos ricos em nutrientes essenciais que o ser humano necessita para ter uma vida mais saudável.

O que há no livro

Neste livro, pesquisadores, cientistas, autores e profissionais foram consultados e teorias foram testadas para que o melhor sobre nutrição fosse proporcionado ao leitor interessado em testar um estilo de vida já esquecido.

O autor alega que, ao seguir a dieta, corre-se menos riscos de contrair doenças, acumula-se menos gordura corporal e mais massa muscular, há um melhor marcador sanguíneo (como o colesterol), controla-se a ansiedade e o desejo por alimentos danosos à saúde, há uma melhora no humor e na performance física e mental.

O livro conta com um guia alimentar, com os alimentos que fomos geneticamente programados a consumir e que estavam presentes na dieta dos nossos ancestrais do período paleolítico, como: carnes, peixes, ovos, frutas, vegetais, nozes etc. Há, ainda, dicas dos alimentos que não devemos consumir, já que são prejudiciais à saúde, mesmo muitas vezes parecendo saudáveis. Alguns grãos, por exemplo, podem ser tóxicos e estão relacionados a diversas doenças.

O livro traz estratégias de dieta que saciam o apetite, o que nos permite a comer de maneira correta e sem ficarmos famintos. Com isso, há uma natural perda de peso e o leitor vai descobrindo a importância do controle de açúcar no sangue e, mais uma vez, irá aprender quais alimentos são prejudiciais para a saúde e para o emagrecimento, entendendo, também, como funciona a interação entre os hormônios reguladores do apetite.

Técnicas e dicas para uma vida saudável

A dieta traz técnicas e dicas para que seja possível seguir uma vida saudável, tornando mais eficiente a queima de gordura como fonte de energia, fazendo com que o metabolismo, os hormônios e o sistema imunológico sejam otimizados. O livro aconselha o consumo de carnes, peixes, ovos e gorduras saudáveis. Seguindo as sugestões de alimentos, o autor alega ser possível alcançar perda de peso, saúde e longevidade.

A dieta dos nossos ancestrais funciona não apenas com a ingestão dos alimentos presentes no cardápio. Os exercícios físicos não ficam fora desse estilo de vida que Caio Fleury recomenda. Os exercícios possuem importância para o ganho de vitalidade, saúde física e mental. Implementa-se um plano de atividades físicas que envolvem caminhadas, treinos de musculação e tiros (sprints) ocasionais.

Embasamento teórico

O livro conta com um embasamento teórico que traz pesquisas feitas com populações indígenas ao redor do mundo, como os Esquimós, Massai e Kitava, trazendo seus hábitos alimentares que proporcionaram sua saúde extraordinária e vitalidade. Além disso, há pesquisas sobre a importância de uma dieta rica em gorduras e o porquê da necessidade de se evitar alimentos rotulados como “baixos em gordura” ou light. O livro diz que açúcar refinado, incluindo a frutose e o trigo, são maléficos à saúde e que estes são responsáveis pelo ganho de gordura abdominal.

Por fim, o livro da dieta dos nossos ancestrais traz mais de 30 receitas que são ideais para serem incorporadas à rotina.

Como funciona

Apesar da diversificação de alimentação ideal para seres humanos, há algumas recomendações padrões de consumo de proteínas e gorduras, que devem compor 50% das calorias diárias – isso com relação às populações ancestrais, as quais serviram como referência de estudo de médicos e nutricionistas. Sendo assim, existe um padrão de consumo de alimentos ricos em proteínas, gorduras e carboidratos.

Porém, não deve-se pensar que qualquer carboidrato é bem-vindo na dieta dos nossos ancestrais. Os carboidratos consumidos são pouco processados, de baixa carga glicêmica, os quais vêm na maior parte de vegetais e tubérculos fibrosos e frutas selvagens. Os carboidratos consumidos nos dias de hoje são extremamente concentrados, ricos em açúcar e farinhas refinadas, sendo estes um dos principais responsáveis pelo acúmulo de gordura visceral (abdominal) e de agravamentos de marcadores do sistema circulatório, como triglicérides, colesterol HDL e etc.

A dieta dos nossos ancestrais funciona a partir do consumo de alimentos ricos em proteínas e gorduras, principalmente as monoinsaturadas provenientes dos frutos do mar, iogurtes, aves, carnes ricas em ômega-3, óleo de coco, abacate, azeite de oliva, nozes e oleaginosas.

A dieta incentiva o consumo de carboidratos naturais, disponíveis em abundância na natureza, como os vegetais, tubérculos (inhame, batata doce, mandioquinha) e frutas.

Benefícios

Estudos realizados sobre a dieta paleolítica demonstram que esta melhora a saúde do ser humano em níveis muito altos, sendo eficaz para o emagrecimento e, em termos nutricionais, mais densa; isso explica-se pelo fato de que há o consumo de vitaminas, minerais e outros nutrientes essenciais. Os marcadores sanguíneos são melhorados e há uma redução do colesterol ruim (LDL) e aumento do bom (HDL). Há, também, menores níveis de triglicérides, glicose em jejum e de insulina.

Contrapontos

A dieta dos nossos ancestrais ainda gera certa polêmica por dar ênfase ao consumo liberado de carnes. Além disso, há a questão do consumo de gordura como uma das principais características da dieta. Este é um ponto que contraria a opinião de médicos, já que há comprovações de que a gordura em excesso pode causar ateroma nos vasos, aumentando os riscos de infarto e outras doenças cardíacas.

O consumo de carne vermelha é importante para a saúde, segundo alguns médicos, pois esta evita a anemia e ajuda a recuperar os tecidos. Porém, em excesso, a carne pode vir a sobrecarregar o sistema renal e retirar o cálcio dos ossos, além de deixar o sangue em um estado de acidez. A OMS vai contra este tipo de alimentação, pois indica que apenas 30% das calorias diárias devem ser provenientes das proteínas. Devido a esses contrapontos, é essencial que o indivíduo consulte-se com um médico antes de iniciar a dieta dos nossos ancestrais.

Cardápio

A seguir, o cardápio de 1 semana da dieta dos nossos ancestrais.

– Segunda-feira

– Terça-feira

– Quarta-feira

– Quinta-feira

– Sexta-feira

– Sábado

– Domingo

Dicas

Para os iniciantes, é recomendável seguir a dieta apenas a cada dois meses. Outra dica é optar por carnes de qualidade, as que não possuem tantos aditivos químicos (como conservantes), além de escolher ingredientes orgânicos para o seu preparo.

Como a dieta dos nossos ancestrais é pobre em cálcio, adolescentes, mulheres na menopausa e pessoas acometidas com a osteoporose não devem segui-la, já que esta não permite o consumo de leites e derivados.

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