Aprender a Dançar Pode Fazer Você Proteger o Cérebro do Envelhecimento

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Uma grande notícia para você que acha a esteira um porre. Um novo estudo descobriu que uma alternativa de exercício divertido pode ser a melhor opção para pessoas com mais de 40 anos: a dança.

Isso porque a aprendizagem de uma nova dança pode realmente ajudar a proteger nossos cérebros dos efeitos do envelhecimento.

Segundo o estudo da Universidade de Illinois, publicado no mês passado na revista Frontiers in Aging Neuroscience, aprender o que eles chamam de “dança social” tem um efeito anti-envelhecimento único em nossos cérebros, não visto em outras alternativas de exercícios, incluindo a caminhada.

Os cientistas sabem há muito tempo que, aproximadamente depois dos 40 anos de idade, nossos cérebros alteram-se e torna-se mais lentos, processando informações menos rapidamente à medida que envelhecemos. Eles acreditam que isso se deve a um declínio na eficiência de nossa ‘matéria branca’, que ajuda a transmitir mensagens ao redor do cérebro.

Neste novo experimento, a equipe decidiu analisar se determinados tipos de exercícios poderiam ter um efeito sobre a função dos cérebros mais velhos. Estudando cerca de 200 pessoas em seus 60 e 70 anos sem sinais de comprometimento cognitivo, a equipe testou sua aptidão aeróbica e capacidades mentais, incluindo a velocidade de processamento de seus cérebros.

Os pesquisadores então dividiram aleatoriamente os voluntários em grupos, pedindo-lhes que fizessem uma de três atividades:

  1. Caminhar em ritmo acelerado três vezes por semana;
  2. Fazer um alongamento suave e treinamento de equilíbrio;
  3. Aprender a dançar.

Este último grupo passou três horas por semana aprendendo um estilo de dança cada vez mais complicado, com as pessoas mudando de parceiro em uma sequência.

Depois de seis meses fazendo seus respectivos planos de exercícios, os cérebros dos participantes foram testados novamente, e eis que os dançarinos estavam um passo à frente dos outros.

Embora todos os cérebros dos participantes apresentassem sinais de diminuição da matéria branca, provavelmente devido ao avanço da idade, o grupo dos dançarinos mostrou uma melhora na saúde de parte de sua matéria branca. Na verdade, eles tinham a matéria branca mais forte na área de seus cérebros ligada à velocidade de processamento e memória.

Vale ressaltar que quase todos os voluntários tiveram melhor desempenho em testes cognitivos do que tinham seis meses antes, mesmo que não houvesse mudanças em sua matéria branca, o que a equipe acredita que indica que “praticar qualquer atividade que envolve movimentação e socialização” é benéfico para cérebros envelhecidos.

“A mensagem é que devemos tentar não ser sedentários”, acrescentou o autor do estudo, Dr. Agnieszka Burzynska. “As pessoas que entraram em nosso estudo já se exercitando mostravam um menor declínio.”

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