Azukon Emagrece? Para Que Serve, Posologia e Efeitos Colaterais
Categorias: Remédios / Suplementos
Um médico pode prescrever Azukon para o tratamento da diabetes do tipo 2 e da diabetes em pacientes idosos, da diabetes em pessoas com obesidade ou da diabetes em indivíduos com complicações vasculares.
O remédio é um antidiabético da classe das sulfonilureias, que atua na diminuição dos níveis de açúcar no sangue e tem a gliclazida como o seu princípio ativo. O uso de Azukon é oral e adulto e o medicamento pode ser encontrado em embalagens contendo 30 ou 60 comprimidos de liberação prolongada de 30 mg.
A sua comercialização é permitida somente com a apresentação da receita médica. As informações são da bula de Azukon, disponibilizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
E então, será que Azukon emagrece?
Agora que já sabemos o que é e para que serve o medicamento, podemos ver se Azukon emagrece ou se isso é mentira. Então, vamos lá!
Pois bem, não encontramos na bula do medicamento informações que nos levem a concluir que Azukon emagrece – pelo menos não de maneira direta.
Pelo contrário, assim como acontece com toda a classe das sulfonilureias, o medicamento faz parte de uma classe de antidiabéticos que pode provocar o aumento do peso.
Podemos encontrar em fóruns uma internauta relatou que havia começado a utilizar o medicamento há oito meses e que vinha aumentando o seu peso.
Se você perceber que engordou depois que começou a tomar o remédio – ou mesmo que emagreceu, especialmente de maneira expressiva, lembrando que o baixo peso também pode prejudicar a saúde – converse com o seu médico a respeito do que fazer para reverter o problema ou para saber se a sua medicação não pode ser trocada.
Não interrompa o tratamento com Azukon por conta própria e nem muito menos deixe de tratar a sua diabetes conforme a indicação médica porque isso pode prejudicar gravemente a sua saúde.
A diabetes é uma doença séria e a bula do remédio alerta que “a interrupção do tratamento pode causar hiperglicemia (altos níveis de açúcar no sangue), que aumenta o risco de desenvolver complicações do diabetes”.
Efeitos colaterais de Azukon
Agora que já analisamos se Azukon emagrece ou não, vamos conhecer quais reações adversas o medicamento pode provocar, de acordo com informações da sua bula:
- Hipoglicemia (baixa nos níveis de açúcar no sangue), com destaque para quem pula refeições ou não faz refeições em intervalos regulares, faz jejum, é desnutrido, muda a dieta, aumenta a atividade física e não compensa este aumento na ingestão de carboidratos, consome bebidas alcoólicas (e especialmente pula refeições), toma outros medicamentos ou remédios naturais ao mesmo tempo, toma uma dose muito alta de gliclazida, sofre de alguma desordem hormonal especial (desordens funcionais da tireoide, glândulas pituitária ou adrenal) ou tem a função renal ou hepática gravemente reduzida.
Se os sintomas da hipoglicemia não forem tratados, ela pode evoluir para sonolência, perda de consciência e coma.
Seus sintomas podem incluir: dor de cabeça, fome intensa, náuseas, vômitos, fadiga, distúrbios do sono, agitação, agressividade, falta de concentração, vigilância e tempo de reação reduzido, depressão, confusão mental, distúrbios da fala ou visão, tremores, distúrbios sensoriais, vertigem, sensação de impotência, sudorese, pele úmida, ansiedade, batimentos cardíacos acelerados ou irregulares, aumento da pressão arterial, dor súbita intensa no peito que pode irradiar para regiões vizinhas (angina pectoris), confusão maior (delírio), convulsões, alteração de comportamento, dificuldade para respirar e batimentos cardíacos lentos;
- Hiperglicemia, quando o uso do remédio não reduz de modo suficiente a taxa de glicose sanguínea, quando o paciente não segue o tratamento prescrito pelo médico ou em situações particulares de estresse.
Os sintomas da hiperglicemia incluem: sede, necessidade frequente de urinar, boca seca, pele seca com coceira, infecções da pele e baixo rendimento;
- Alteração da glicemia (baixa e alta das taxas de açúcar no sangue) em associação aos medicamentos pertencentes a classe dos antibióticos chamados fluoroquinolonas, especialmente em pacientes idosos;
- Diminuição dos níveis de hemoglobina e a destruição de células vermelhas do sangue (anemia hemolítica) em pacientes com histórico familiar ou presença de deficiência de glicose-6-fosfatodesidrogenase (células vermelhas do sangue anormais);
- Função hepática anormal, possivelmente com coloração amarelada na pele e nos olhos;
- Reações de pele como erupção cutânea, vermelhidão, coceira, urticária e angiodema (inchaço rápido de tecidos, como pálpebras, face, lábios, boca, língua ou garganta que pode resultar em dificuldade respiratória foram reportadas);
- Bolhas generalizadas ou descamação da pele como evolução da erupção cutânea;
- Reações graves de hipersensibilidade, inicialmente como sintomas de gripe e uma erupção na face, em seguida erupção prolongada com temperatura elevada;
- Diminuição na quantidade de células sanguíneas, que pode provocar palidez, sangramento prolongado, contusões, dor de garganta e febre;
- Dor abdominal;
- Náusea;
- Indigestão;
- Vômito;
- Diarreia;
- Prisão de ventre;
- Visão afetada por um breve momento, principalmente no início do tratamento.
Além disso, a bula informa que, com outras sulfonilureias, as seguintes reações foram observadas: mudanças severas no número de células sanguíneas e inflamação alérgica das paredes dos vasos sanguíneos, redução do sódio sanguíneo (hiponatremia), sintomas de prejuízo da função hepática (por exemplo, icterícia) que podem levar, em casos isolados, a uma insuficiência hepática com ameaça de vida ao paciente.
Ao experimentar qualquer um dos efeitos colaterais mencionados neste tópico ou ainda algum outro tipo de reação adversa, procure rapidamente o auxílio médico, mesmo se não achar que se trata de um sintoma grave.
Isso é importante para saber com certeza qual a seriedade do problema e verificar como deve proceder a partir de então.
Contraindicações e cuidados com Azukon
O remédio não pode ser utilizado por alguns grupos. São eles:
- Quem tem hipersensibilidade (alergia) à gliclazida, a qualquer outro componente da fórmula do medicamento, a outros remédios da classe das sulfonilureias ou a medicamentos relacionados como sulfamidas hipoglicemiantes;
- Pacientes diagnosticados com a diabetes do tipo 1 – tipo de diabetes em que se faz o uso da insulina;
- Pessoas que apresentam corpos cetônicos ou açúcar na urina, em pré-coma ou coma diabético;
- Quem sofre com doença renal ou hepática grave;
- Pacientes que utilizam medicamentos para o tratamento de infecções fúngicas como miconazol;
- Crianças e adolescentes;
- Mulheres que estejam grávidas;
- Mulheres que estejam amamentando.
O tratamento com o remédio exige o monitoramento regular dos níveis de açúcar no sangue e da hemoglobina glicada.
Nas primeiras semanas do tratamento, o risco de hipoglicemia pode aumentar, o que exige o controle rigoroso do médico. Na maioria dos casos, os sintomas da baixa de açúcar no sangue quando o paciente está consciente desaparecem rapidamente mediante o consumo de açúcar (não adoçantes artificiais).
Recomenda-se não consumir bebidas alcoólicas enquanto estiver utilizando o medicamento.
Além disso, é necessário informar ao médico a respeito de qualquer remédio, suplemento ou planta medicinal que esteja usando para que o profissional verifique se não faz mal utilizar Azukon e a substância em questão no mesmo período.
Quando o paciente perceber que os seus níveis de glicose no sangue continuam elevados mesmo que ele utilize o medicamento como o médico indicou, deve informar o médico a respeito do problema. As informações são da bula de Azukon, disponibilizada pela Anvisa.
Posologia de Azukon
A bula alerta que o paciente deve seguir a dosagem do medicamento que foi prescrita pelo seu médico, que é determinada de acordo com o nível de açúcar sanguíneo e, possivelmente, o nível de açúcar urinário de cada pessoa, assim como deve obedecer a duração do tratamento e os horários de uso indicados pelo profissional.
Além disso, fatores externos como perda de peso, mudança no estilo de vida e estresse ou a melhora do controle das taxas de glicose no sangue podem exigir que o médico altere essa dosagem, completa o documento.
De acordo com a bula, não se deve ultrapassar a dosagem de 120 mg. O documento indica que a quantidade de Azukon determinada pelo médico deve ser ingerida de uma única vez na hora café da manhã, acompanhada de um copo de água e que o uso do medicamento deve ser seguido de uma refeição.
A bula ainda recomenda que, de preferência, o remédio deve ser ingerido todos os dias no mesmo horário. Além disso, os comprimidos de Azukon não devem ser partidos, abertos ou mastigados.
