Choro de Irmã Faz Anoréxica Mudar de Vida e Tornar-se Personal Trainer
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Uma adolescente anoréxica, que tinha apenas dois dias de vida segundo os médicos, revelou como sua irmã mais nova salvou sua vida depois de anos de lutando contra o transtorno alimentar.
Cazandra Zetterberg, de 19 anos, de Norrköping, na Suécia, foi levada para o hospital em 2013, depois que seu peso caiu para apenas 36,7 kg – ela estava tão fraca que sua temperatura corporal caiu para 34°C.
Os médicos alertaram Cazandra que ela tinha apenas alguns dias antes de seu corpo parar de funcionar completamente – o que levou sua irmã mais nova Izabelle a chorar muito. Foi a partir desse momento que Cazandra decidiu lutar por sua vida e começar a comer novamente. Agora, Cazandra está estudando para se tornar uma personal trainer e nutricionista.
Ela conta: “Eu fui autorizada a ir para casa depois de me recuperar por um dia do hospital, o que eu vi como mais uma chance de não comer novamente. Foi quando então eu vi o grito da minha irmã à minha frente. Isso me fez pensar sobre o quanto isso afetava aos outros, e não apenas a mim.
“Então, na manhã seguinte, na mesa do café, eu disse para o meu pai. ‘Ok, eu realmente quero lutar agora pela minha recuperação’”.
Por dois anos, Cazandra lutava contra seus pais quando eles pediam desesperadamente para ela para comer – jogando a comida em cima deles eles e nas paredes quando tentavam alimentá-la. Mesmo no hospital, ela continuou a recusar comida e lutou contra a recuperação, apesar dos melhores esforços dos médicos.
“Eu não tinha comido nada em uma semana inteira, foi quando a minha mãe não aguentou e me levou para o hospital. Mas ainda assim eu não queria lutar para me libertar.”
“Eu não queria comer, mesmo que estivesse deitada na sala de emergência e os médicos me diziam que eu só tinha mais dois dias de vida. Minha temperatura corporal era de 34 graus, o que é realmente perigoso e quase só o meu coração trabalhava. O principal motivo para a minha recuperação foi a minha irmãzinha.”
Mesmo agora, a razão por trás transtorno alimentar do Cazandra permanece desconhecida. Cazandra diz: “Eu não sei o que me fez querer perder peso. Talvez tenha sido minha baixa auto-estima e um pensamento que eu me sentiria melhor sobre mim mesmo se eu perdesse algum peso.”
“Então, no verão de 2013, comecei com um objetivo de perder apenas 1 ou 2 quilos, mas depois eu perdi o controle – a minha meta foi ficando maior e maior. Comecei a contar todas as calorias a cada coisa que eu comia.”
Pelos dois anos seguintes, a vida de Cazandra girou em torno de seu distúrbio alimentar. “Naqueles dois anos, todos os dias a minha vida girava em torno de alimentos, perda de peso e contagem de calorias. Eu vivia deitada na cama praticamente o tempo todo, mas não só porque eu não queria comer, mas também porque eu não tinha energia e estava congelando o tempo todo.
“Eu não tinha tempo para amigos, família ou escola. Não conseguia me concentrar em nada quando eu estava na escola. Eu acordei todas as manhãs e não queria me levantar, porque sabia que teria que comer. Todos os dias eu tinha em uma briga com minha mãe ou pai sobre comida, porque eles queriam me alimentar, mas eu me recusava.”
“Foi como se um demônio tomasse conta do meu corpo e eu não tinha absolutamente nenhum controle sobre mim mesma.”
“Qualquer pessoa que queria me botar para comer virava meu pior inimigo. Lembro-me de um dia quando eu estava no meu pior e não poderia até mesmo comer uma cenoura que minha mãe me oferecia. O dia todo foi uma batalha para que eu comesse uma cenoura, que eu joguei pelas paredes, na minha mãe, no lixo.”
“Mas a minha mãe não desistiu, então ela pegou a cenoura e pressionou em minha boca, o que foi a última gota para mim.
“Eu peguei uma faca na frente de mãe, empurrei na minha barriga e disse: ‘Eu quero morrer mãe, você não entende isso?’ Isso é apenas um exemplo do que a minha mãe, pai e família tiveram que passar todos os dias por causa do meu distúrbio alimentar.”
Quando em outubro de 2013, Cazandra não tinha comido nada durante uma semana inteira, sua mãe a levou imediatamente ao hospital, desesperada por ajuda.
Cazandra foi internada para salvar sua vida e permaneceu lá por três meses. No fim, ao ver como estava afetando sua família, e especialmente sua irmã mais nova, Cazandra tomou a decisão corajosa de começar a comer novamente.”
Ela disse: “Eu comia, mesmo que a outra voz na minha cabeça dissesse para eu fazer o contrário. Essa ‘outra pessoa’ era ‘Ana’, como uma sigla para anorexia. Foi uma luta entre mim e Ana, que eu realmente queria ganhar.”
“E eu estava sempre pensando na minha irmã e família. Eu sabia que não queria que eles me vissem morrer.”
Tendo iniciado o processo de recuperação, há dois anos, Cazandra finalmente se sente capaz de viver a vida ao máximo. “Eu me sinto muito melhor do que jamais poderia sonhar. Eu posso comer o que eu quiser, quando eu quiser. Eu sinto que eu tenho toda a minha vida de volta.”
“Agora eu passo um tempo com minha família e amigos. Eu estou trabalhando fora e sinto-me mais forte do que nunca. É claro que ainda há dias ruins, mas todos nós temos, e eu sei que posso passar por eles.”
Agora, a adolescente está estudando para se formar como personal trainer e nutricionista na universidade este ano. Ela acrescenta: “Eu quero trabalhar com os meus objetivos, e meu objetivo é ajudar os outros. Não importa o que eles já passaram ou quais são seus objetivos, acredito que posso ajudar, pelo que eu já passei.”