Deficiência de Vitamina D – Sintomas, Causa e Tratamento
Categorias: Suplementos / Vitaminas e Minerais
Ter um estilo de vida saudável é fundamental para que se possa manter um bem-estar completo e ter um corpo livre de doenças. O organismo precisa receber uma quantidade suficiente de nutrientes para que consiga desenvolver todos os seus processos metabólicos, garantindo, assim, o adequado funcionamento do corpo.
Por este motivo, a deficiência de alguns nutrientes pode causar diversos problemas de saúde e gerar muitos transtornos para a vida dos que sofrem com estes desequilíbrios nutricionais.
Vamos entender o que acontece no corpo quando há uma deficiência de vitamina D, conhecer mais sobre os sintomas e a causa deste problema, além de conhecer mais sobre o tratamento para resolver esta deficiência no organismo.
O que é a vitamina D?
A vitamina D e seus pró-hormônios foram alvos de inúmeros estudos nos últimos anos, principalmente devido ao aumento considerável do uso de filtros solares e a vida cada vez menos ao ar livre que a maioria das pessoas levam, que causam a redução drástica da produção deste nutriente no organismo.
Esta vitamina é fundamental em diversos processos do metabolismo, auxiliando na formação óssea, participando do metabolismo do cálcio, interagindo com os processos do sistema imunológico, além de participar de inúmeros tecidos corporais, entre eles o coração, o cérebro, a pele, o intestino, a próstata, os ossos, os rins, as gônadas, entre outros.
A vitamina D, chamada de colecalciferol, funciona também como um hormônio esteroide, cuja função principal é regular a homeostase do cálcio, participando da formação e da reabsorção óssea, através da sua interação com os rins, intestinos e paratireoides.
O corpo consegue produzir a vitamina D a partir do colesterol, sendo que a principal fonte desta vitamina é representada pela formação endógena nos tecidos cutâneos após a exposição à radiação ultravioleta (UVB), promovendo a conversão do colesterol em vitamina D. Uma boa maneira de aumentar os níveis de vitamina D é tomar sol, preferencialmente no horário da manhã ou no final da tarde, de 10 a 15 minutos por dia.
Esta vitamina também pode ser adquirida através de uma alimentação balanceada. Ela pode ser encontrada em alimentos como o leite, peixes como a sardinha e o salmão, no óleo de fígado de peixe, nos cogumelos, nos ovos, além de alimentos industrializados que são fortificados como esta vitamina, como cereais e biscoitos. Ela também pode ser consumida através de suplementos alimentares, sendo facilmente encontrada em lojas especializadas de produtos naturais e farmácias.
- Veja mais: Quais alimentos têm vitamina D?
A ingestão diária recomendada para crianças e adultos até 50 anos é de cinco microgramas por dia (200 UI/dia). A recomendação aumenta para 10 microgramas/dia (400 UI/dia) para pessoas entre 50-71 anos de idade e para 15 microgramas/dia (600 UI/dia) para idosos acima de 70 anos.
Estas doses podem ser ajustadas por um profissional da saúde, caso seja necessário, podendo variar conforme estilo de vida e condições de saúde.
Quais os problemas gerados pela deficiência de vitamina D?
A deficiência de vitamina D é algo bastante comum hoje no mundo. Estima-se que cerca de 1 bilhão de pessoas tenham baixos níveis desta vitamina no organismo.
Muitas pesquisas mostram que a deficiência de vitamina D no organismo está relacionada ao desenvolvimento de várias doenças autoimunes. Entre elas, estão a diabetes mellitus insulino-dependente (DMID), esclerose múltipla (EM), doença inflamatória intestinal (DII), artrite reumatoide (AR), lúpus eritematoso sistêmico (LES), entre outras.
Além disso, a deficiência de vitamina D prolongada pode provocar raquitismo e osteomalacia e, em adultos, quando associada à osteoporose, leva a um risco maior de fraturas.
Alguns grupos possuem maior risco de ter baixas quantidades desta vitamina no organismo, como:
- Pessoas que têm a pele mais escura precisam de maior quantidade de sol para produzi-la;
- Pessoas que passam muito tempo em lugares fechados;
- Pessoas que vivem em lugares que têm baixa quantidade de sol ao longo do ano, como nos extremos dos hemisférios norte e sul;
- Aqueles que usam muito protetor solar e evitam qualquer exposição ao sol;
- Aqueles que estão acima do peso ou com obesidade.
Infelizmente, os sintomas iniciais da deficiência de vitamina D são bastante sutis, gerando um atraso no diagnóstico. Veja, a seguir, alguns dos principais sintomas:
1. Excesso de cansaço e fadiga
Os sintomas de cansaço e fadiga podem estar relacionados a inúmeros problemas de saúde, mas podem também estar associados à deficiência de vitamina D. Diversos estudos mostram que baixos níveis desta vitamina no sangue podem causar um impacto significativo nos níveis de energia.
2. Depressão
Estudos mostraram uma relação entre pessoas que tinham deficiência de vitamina D e quadros de depressão, principalmente em pessoas idosas. Outras pesquisas mostram uma redução significativa dos sintomas envolvidos na depressão em pessoas que utilizaram suplementação de vitamina D.
3. Redução da densidade óssea
Este é um dos principais sintomas relacionados à deficiência de vitamina D, já que ela é fundamental para a absorção do cálcio no metabolismo ósseo. Em mulheres diagnosticadas com perda óssea, houve um aumento significativo da absorção do cálcio quanto este era suplementado em conjunto com a vitamina D.
Também existem diversos estudos relacionando a baixa densidade mineral óssea e os baixos níveis deste nutriente no organismo. O raquitismo, por exemplo, uma doença causada por deficiências extremas desta vitamina.
4. Baixa imunidade
Ficar doente facilmente ou contrair infecções com frequência pode ser um sinal da deficiência de vitamina D. Este nutriente está diretamente relacionado às células que são responsáveis pelo combate às infecções e sua quantidade baixa pode interferir na capacidade do sistema imunológico de combater vírus e bactérias que causam doenças.
5. Aumento da Inflamação e dor
Diversos estudos demonstram o poder da vitamina D para reduzir a inflamação e a dor, ajudando a regular os genes que estão associados ao processo de inflamação. Uma pesquisa avaliou os níveis de dores de um grupo de adultos acima de 65 anos, e 53% deles tiveram dor moderada a grave e todos estavam ligados à baixa quantidade de vitamina D. Estudos também mostram que existe um receptor para a vitamina D no DNA que sinaliza para o gene a redução da inflamação.
6. Pressão arterial elevada
O aumento da pressão arterial pode estar associado a diversas deficiências nutricionais, incluindo a deficiência de vitamina D. Estudos mostram que a suplementação com vitamina D na dieta reduz a pressão arterial e atua na expressão de genes relacionados com este controle. Outra pesquisa mostra que existe uma associação entre a deficiência de vitamina D e o aumento dos riscos de doenças cardiovasculares, incluindo a hipertensão arterial.
Qual o melhor tratamento para a deficiência de vitamina D?
O tratamento para a deficiência de vitamina D é indicado para todos os pacientes, tanto para aqueles que possuem sintomas quanto aqueles que não possuem. Este tratamento pode ser feito com a reposição na forma de vitamina D3. Suplementos de vitamina D2 não mostraram o mesmo poder que os D3.
O suplemento deve ser tomado junto com uma refeição que tenha gordura. Tomá-lo em jejum ou sem uma refeição que tenha gordura pode diminuir muito a eficácia. As recomendações de reposição de vitamina D variam e dependem da deficiência do paciente. O tratamento deve sempre ser orientado por um médico ou nutricionista.
Para crianças de 1 a 18 anos de idade com deficiência de vitamina D, geralmente sugere-se um tratamento com 2.000 UI / dia de vitamina D3 por pelo menos seis semanas. E para manutenção, deve-se manter 600-1.000 IU/dia
Adultos podem fazer uma suplementação com 6.000 UI de vitamina D3 por dia por 8 semanas. E para manutenção, continuar com 1.500-2.000 UI/dia.
Conclusão
A deficiência de vitamina D é algo bastante comum hoje no mundo, estimando-se que cerca de 1 bilhão de pessoas tenham baixos níveis desta vitamina no organismo. Muitas pesquisas mostram que os baixos níveis desta vitamina no organismo estão relacionados ao desenvolvimento de várias doenças autoimunes, tais como a diabetes mellitus insulino-dependente e a esclerose múltipla (EM).
Além disso, a deficiência de vitamina D prolongada pode provocar raquitismo e osteomalacia e, em adultos, quando associada à osteoporose, leva a um risco maior de fraturas.
Referências adicionais:
- https://www.webmd.com/diet/guide/vitamin-d-deficiency
- https://www.medicinenet.com/vitamin_d_deficiency/article.htm
- https://medlineplus.gov/vitaminddeficiency.html
- https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3012634/