Diabético Pode Comer Banana?
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Quem já foi diagnosticado com diabetes provavelmente sabe que precisa controlar a condição para não sofrer com complicações por conta de danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos do organismo em decorrência do aumento descontrolado dos níveis de glicose no sangue.
O objetivo do tratamento é controlar as taxas de glicemia, de modo que elas permaneçam saudáveis. E o médico responsável pelo caso pode indicar diversas formas de tratar o problema: a prática de atividades físicas, a checagem da glicemia, a aplicação de insulina, o uso de medicamentos, o cuidado com a saúde bucal, o controle do estresse, a eliminação do cigarro e a diminuição do consumo de bebidas alcoólicas.
Isso também abrange uma dieta especial, que traga refeições e alimentos que facilitem e possibilitem o controle dos níveis de açúcar no sangue.
Diabético pode comer banana?
Tendo tudo isso em vista, é normal ter dúvidas na hora de montar os cardápios das refeições, inclusive em relação às frutas, alimentos considerados saudáveis devido ao fato de serem fonte de vitaminas e minerais.
Por exemplo, você saberia dizer se um diabético pode comer banana? Pois bem, para saber essa resposta, precisamos conhecer alguns aspectos importantes da dieta para quem foi diagnosticado com diabetes.
Os carboidratos e o índice glicêmico
Um nutriente que exerce bastante influência em relação aos níveis de glicose no sangue são os carboidratos. Formados por pequenos blocos de moléculas de açúcar, eles são quebrados pelo sistema digestivo e adquirem a forma de açúcar para, então, serem utilizados como fonte de energia.
Os carboidratos simples, de absorção alta e índice glicêmico alto, são absorvidos rapidamente, provocando rapidamente uma elevação nas taxas de açúcar no sangue. Portanto, eles não são os mais indicados para quem possui diabetes.
Já os carboidratos complexos, de absorção baixa e índice glicêmico baixo, são absorvidos lentamente, sem causar um aumento súbito nos níveis de glicose no sangue. Assim, é a esse tipo de alimento que os diabéticos devem dar prioridade.
Para ser caracterizado como um alimento de índice glicêmico baixo, é necessário apresentar um valor menor ou igual a 55.
Neste quesito, a banana se mostra como uma fruta aceitável: segundo o banco de dados de índice glicêmico gerido pela Universidade de Sidney, na Austrália, quando madura e amarela, o índice glicêmico da fruta é de 51, ou seja, considerado baixo. Um valor bem similar a esse foi apontando também pela Harvard Health Publications. Mas calma, não chegamos ao veredicto da análise se diabético pode comer banana.
Uma pesquisa para embasar
Um estudo publicado em 2011 no Western African Journal of Medicine (Jornal de Medicina da África Ocidental, tradução livre) concluiu que um grupo composto por frutas como bananas, laranja, abacaxi e manga apresentou respostas similares em relação aos níveis de glicose no sangue após o término da refeição.
A comparação foi estabelecida através de uma quantidade igual de carboidratos para as frutas. Os pesquisadores, então, afirmaram que todas essas frutas podem ser aceitas em uma dieta para controle de diabetes, embora deve-se ter cuidado com as quantidades, como veremos a seguir.
A contagem de carboidratos
A Associação Americana de Diabetes também afirma que o diabético pode comer banana. Entretanto, alerta para o fato do alimento conter carboidratos em sua composição, o que traz a necessidade de saber determinar a porção apropriada da fruta para as refeições.
Isso porque a dieta recomendada pelo médico provavelmente apresentará um limite de carboidratos que podem ser consumidos diariamente e a cada refeição. Essa taxa deverá ser levada em consideração na hora de montar os cardápios.
- Veja também: Dicas de dieta para diabéticos.
A organização também atenta para o fato de que as repostas em relação aos níveis de açúcar no sangue variam de pessoa para pessoa. Isso significa que as porções de banana poderão ser ajustadas dependendo de como as suas taxas de glicose no sangue respondem ao consumo da fruta.
Assim, não podemos determinar a porção ideal, já que ela é diferente para cada indivíduo. Porém, isso poderá ser estabelecido com o auxílio do médico responsável pelo tratamento.
Entretanto, podemos apresentar uma estimativa da quantidade de carboidratos encontrados em cada banana, conforme informações da Associação Americana de Diabetes. Confira:
- Banana extra pequena – até 15 cm: 18,5 g de carboidratos;
- Banana pequena – entre 15 cm e 17,5 cm: 23 g de carboidratos;
- Banana média – entre 17,5 cm e 20 cm: 27 g de carboidratos;
- Banana grande – entre 20,3 cm e 22,5 cm: 31 g de carboidratos;
- Banana extra grande – de 22,8 cm ou mais: 35 g de carboidratos.
Para comparação, uma fatia de pão de forma geralmente tem 12 g de carboidratos.
Dica de horário
Vale lembrar que um bom momento para consumir alimentos com mais carboidratos ou carboidratos de maior índice glicêmico é logo após uma atividade física. O impacto na glicemia será minimizado.
A importância do acompanhamento médico
Mais importante do que saber qual alimento pode ou não marcar presença na alimentação do diabético é entender como eles podem afetar os níveis de glicose no sangue e aprender quais as porções indicadas para cada.
Como acabamos de aprender, a resposta glicêmica, ou seja, o potencial que cada alimento apresenta para aumentar as taxas de açúcar no sangue, pode variar de pessoa para pessoa. A melhor forma de descobrir isso é contando com um bom acompanhamento médico, que poderá avaliar cada caso em particular.
Para tornar o dia a dia mais fácil, também vale a pena ter o auxílio de um nutricionista, que ajudará a montar o cardápio ideal, levando em consideração as características do quadro de cada paciente. Ele poderá ainda auxiliar na escolha de pratos e refeições que sejam fáceis de ser preparados e na seleção de substituições apropriadas, tendo em vista não somente a saúde como também a rotina da pessoa.
Como saber se tenho diabetes?
Alguns sintomas da diabetes são: sede excessiva, fome excessiva, infecções frequentes nos rins, na pele e na bexiga, demora na cicatrização de feridas, alterações na visão, formigamento nos pés, furúnculos, vontade frequente de urinar, emagrecimento, fraqueza, fadiga, nervosismo, mudança de humor, náusea e vômito.
Ao experimentar esses sinais, é aconselhável buscar ajuda do médico o mais rápido que puder para descobrir se tem a doença ou não, dar início ao tratamento e evitar sofrer maiores complicações.