Diabético Pode Comer Cuscuz?
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O cuscuz é uma receita típica da culinária da região Nordeste brasileira, ainda que sua origem seja africana. Sua receita básica é preparada a partir de uma mistura de farinha de milho, fubá ou flocos de milho pré-cozidos, água e sal em um aparelho chamado de cuscuzeira e costuma ser servido em refeições como o café da manhã e o jantar.
O cuscuz de milho é um alimento que fornece energia para começar o dia graças ao seu teor de carboidratos e é rico em vitamina A, nutriente que faz bem para a pele e a visão. A receita ainda é rica em vitaminas do complexo B, como o ácido fólico (vitamina B9) que é importante para a saúde da gestação, e é abundante em fibras, que contribuem com a saciedade do organismo.
- Veja também: Cuscuz engorda ou emagrece?
Mas será que é todo mundo que pode saborear o alimento à vontade e tranquilamente? Será que o diabético pode comer cuscuz? Vamos entender isso agora!
O diabético pode comer cuscuz?
A diabetes é uma condição de saúde caracterizada pelo descontrole dos níveis de açúcar no sangue. O quadro da doença é desenvolvido quando o organismo não é capaz de produzir insulina ou não consegue utilizar adequadamente o hormônio que produz. A insulina trabalha justamente no controle da quantidade de glicose encontrada no sangue.
Uma vez que o paciente é diagnosticado com a diabetes, ele precisa seguir um tratamento para controlar suas taxas de glicose no sangue ou poderá sofrer consequências como danificações em seus nervos, órgãos e vasos sanguíneos.
Parte da estratégia utilizada no tratamento é a transformação dos hábitos alimentares em uma dieta que favoreça o controle das taxas de açúcar no sangue. Mas onde o cuscuz de milho entra nessa história?
Fibras e Proteínas
Um dos pontos a favor do alimento na dieta de quem tem diabetes é o fato dele ter fibras e proteínas. Não é que ele seja muito rico nesses nutrientes, mas a presença destes contribui para baixar o índice glicêmico da refeição, e pensando nisso, podemos concluir que o diabético pode comer cuscuz.
Lembrando que a fibra é o nutriente atua na limitação da absorção de glicose por parte do organismo, o que contribui com o controle dos níveis de açúcar no sangue.
Uma porção de 100g de cuscuz cozido tem 23g de carboidratos, 1,4g de fibras e 3,8g de proteínas. Para comparação, 100g de arroz branco cozido tem 28g de carboidratos, 0,2g de fibras e 2,5g de proteínas.
A contagem de carboidratos
A contagem de carboidratos é parte relevante da dieta dos diabéticos devido ao fato do nutriente ser constituído por blocos de moléculas de açúcar e adquirir a forma de açúcar depois de passar pelo sistema digestivo. Após isso, os carboidratos são utilizados como fonte de energia.
Não podemos definir uma quantidade ideal de carboidratos a ser consumida por refeição ou diariamente na dieta dos diabéticos, pois a taxa ideal varia de pessoa para pessoa.
De acordo com informações da Associação Americana de Diabetes, cada organismo responde de maneira diferente em relação à alteração dos níveis de glicose no sangue ao entrar em contato com determinado alimento.
Portanto, ao ser diagnosticado com diabetes, o ideal é conversar com o médico e o nutricionista a respeito da montagem da nova dieta e verificar com os profissionais qual o limite de carboidratos que se deve consumir por refeição e por dia.
Ainda assim, é importante saber que o cuscuz de milho é um alimento rico em carboidratos: em uma porção de 100 g do prato é possível encontrar aproximadamente 23 g do nutriente.
Tendo esse valor em mente e a quantia recomendada de carboidratos a ser ingerida por dia e refeição, o diabético pode determinar com a ajuda de seu nutricionista em que quantidade o alimento pode ser incluído em seu cardápio.
Outras considerações sobre a diabetes e o cuscuz
O alimento entra na lista dos itens que devem ser consumidos moderadamente pelas pessoas que possuem diabetes. Portanto, mais do que entender se o diabético pode comer cuscuz ou não, é preciso compreender como que o diabético pode comer cuscuz.
De acordo com o que o endocrinologista Carlos Menezes, é preciso ter cautela com o alimento.
O médico também explicou que os derivados do milho (como a farinha de milho, o fubá e os flocos de milho que podem ser utilizados na receita) devem ser ingeridos não tão frequentemente pelos diabéticos.
Como toda pessoa, o diagnosticado com diabetes deve ter uma alimentação diversificada para fornecer nutrientes ao seu organismo e o cuscuz pode contribuir neste sentido, até porque, como vimos acima, ele é fonte de vitaminas.
Entretanto, é importante não exagerar em seu consumo, controlar as porções e saber bem quais acompanhamentos utilizar ao montar o seu prato. Isso porque o cuscuz pode aparecer com recheios e coberturas.
A escolha desses ingredientes também deve ser feita de acordo com os parâmetros da dieta com objetivo no controle dos níveis de açúcar no sangue, conforme as especificidades do caso, que foram indicados pelo médico e nutricionista.
Mais sobre a diabetes
Entre os sintomas da condição, encontram-se: sede excessiva, fome excessiva, infecções frequentes nos rins, na pele e na bexiga, demora na cicatrização de feridas, alterações na visão, formigamento nos pés, furúnculos, vontade frequente de urinar, emagrecimento, fraqueza, fadiga, nervosismo, mudança de humor, náusea e vômito.
Quem já experimentou um ou mais dos sinais listados acima, deve buscar ajuda médica para verificar se possui a doença ou não. E uma vez que a diabetes for diagnosticada, é fundamental seguir corretamente o tratamento recomendado pelo médico para não sofrer com nenhum tipo de complicação.
Além da mudança na alimentação, o tratamento indicado para a doença traz outras estratégias. Isso pode incluir: a prática de atividades físicas, a checagem da glicemia, a aplicação de insulina, o uso de medicamentos, o cuidado com a saúde bucal, o controle do estresse, a eliminação do cigarro e a diminuição do consumo de bebidas alcoólicas.