Diabético Pode Comer Feijão?

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Popular na culinária brasileira, principalmente ao lado do seu companheiro arroz, o feijão também pode ser considerado um alimento saudável. Ele é fonte de importantes nutrientes para o funcionamento do organismo como proteínas, carboidratos, flúor, fibras, ferro, cálcio, potássio, cobre, fósforo, zinco, magnésio, vitamina A e vitaminas do complexo B.

Entretanto, mesmo conhecendo a fama de bom para a saúde do alimento, ao ser diagnosticado com uma doença que exige um cuidado especial com a dieta, como é o caso da diabetes, o paciente pode ficar em dúvida se ele é realmente apropriado para o seu caso. E então, será que o diabético pode comer feijão? Vamos descobrir isso agora!

O diabético pode comer feijão?

O tratamento da diabetes está focado no controle dos níveis de glicose no sangue. Isso envolve diversos aspectos como: a prática de atividades físicas, a checagem da glicemia, a aplicação de insulina, o uso de medicamentos, o cuidado com a saúde bucal, o controle do estresse, a eliminação do cigarro e a diminuição do consumo de bebidas alcoólicas.

E isso também inclui a adaptação da dieta, de maneira que a alimentação favoreça e possibilite justamente o controle das taxas de açúcar sanguíneas.

Mas onde é que o feijão entra nessa história toda? Pois bem, o diabético pode comer feijão sim e o grão é inclusive classificado como um super alimento para a diabetes. Um das justificativas apresentadas para isso é o fato do alimento não possuir um índice glicêmico alto.

O índice glicêmico trata-se de um índice que mede a velocidade pela qual uma comida causa elevações nas taxas de glicose no sangue.

Os alimentos que contêm baixo índice glicêmico são mais apropriados para a alimentação de pessoas diagnosticadas com diabetes porque são absorvidos lentamente, sem causar um aumento súbito nos níveis de glicose no sangue.

Já as comidas com índice glicêmico alto são absorvidas rapidamente, provocando rapidamente uma elevação nas taxas de açúcar no sangue. Para ser caracterizado como um alimento de índice glicêmico baixo, é necessário apresentar um valor menor ou igual a 55.

O feijão manteiga, por exemplo, apresenta um índice glicêmico de valor 44. Já em sua versão cozida, o índice glicêmico do feijão aumenta para 69, o que o coloca na categoria de alimento com índice glicêmico médio (entre 56 e 69).

Alimentos com valor acima de 70 entram na classificação de comidas que apresentam o índice glicêmico alto.

A contagem de carboidratos

É algo que também faz parte do controle da dieta dos diabéticos. Isso porque o nutriente é formado por blocos de moléculas de açúcar e adquire a forma de açúcar depois de passar pelo sistema digestivo. Posteriormente, os carboidratos são utilizados como fonte de energia.

Conforme alertou a Associação Americana de Diabetes, cada organismo responde de maneira diferente em relação à alteração dos níveis de glicose no sangue ao entrar em contato com determinado alimento.

Por isso, ainda que a convenção seja consumir 13 de xícara de feijão cozido na refeição, a quantidade recomendada pode alterar conforme a resposta do paciente em questão aos níveis de açúcar sanguíneo, a quantia recomendada de carboidratos que o médico indicar para cada refeição e os outros alimentos selecionados para o prato.

Daí a importância de contar com um nutricionista na hora de montar o cardápio da dieta para controle da diabetes.

Em 13 de xícara de feijão preto cozido há cerca de 13g de carboidratos, 5g de fibras e 5g de proteínas. Não há uma quantidade de gordura significativa. Ou seja, o feijão possui uma composição nutricional muito positiva.

O teor de fibras

Outro ponto a favor da ideia de que diabético pode comer feijão é o fato do alimento ser fonte de fibras – uma porção equivalente a 13 de xícara de chá ou 60 g de feijão cozido apresenta 5 g de fibras.

É importante que o diabético integre fontes de fibras em sua alimentação devido ao fato de que o nutriente limita a absorção de glicose por parte do corpo, contribuindo assim com o controle dos níveis de açúcar no sangue.

O alimento é saudável

Como explicamos acima, o feijão é considerado um alimento nutritivo e saudável. Ele contribui com a diminuição dos níveis de colesterol e auxilia na diminuição do risco de desenvolvimento de doenças no coração. Portanto, o diabético pode comer feijão, sim.

Para os diabéticos que também são vegetarianos, a boa notícia inclusive é que o feijão é uma boa fonte de proteína vegetal – por exemplo, o feijão preto cozido carrega 9 g do nutriente a cada porção de 100 g.

Assim como todas as outras pessoas, os diabéticos precisam incluir alimentos nutritivos em sua dieta. Além de prestar atenção em como as comidas afetam seus níveis de glicose no sangue, os pacientes precisam certificar-se de que estejam ingerindo refeições que forneçam os nutrientes e a energia que o organismo necessita para funcionar corretamente.

Portanto, o fato de possuir uma boa diversidade de nutrientes também sustenta a afirmação de que o diabético pode comer feijão.

Outras informações sobre a diabetes

Trata-se de uma condição em que o organismo não é capaz de produzir insulina ou não consegue utilizar adequadamente o hormônio produzido pelo corpo. A insulina trabalha no controle da quantidade de glicose (açúcar) encontrada no sangue.

Entre os sintomas da doença, encontram-se: sede excessiva, fome excessiva, infecções frequentes nos rins, na pele e na bexiga, demora na cicatrização de feridas, alterações na visão, formigamento nos pés, furúnculos, vontade frequente de urinar, emagrecimento, fraqueza, fadiga, nervosismo, mudança de humor, náusea e vômito.

Ao experimentar tais sinais, é de fundamental importância consultar-se com o médico de confiança para verificar se possui a doença ou não.

E ao ser diagnosticado, é essencial seguir corretamente as orientações do médico em relação ao tratamento para evitar o desenvolvimento de complicações da condição, em decorrência do descontrole dos níveis de glicose no sangue, que incluem danos aos órgãos, vasos sanguíneos e nervos do organismo.

Mais do que saber se o diabético pode comer feijão ou qualquer outro alimento, é importante questionar o médico e o nutricionista para compreender como selecionar e montar os cardápios das refeições.

Tudo isso tendo em mente que as necessidades para cada paciente são diferentes e cada caso deve ser avaliado e acompanhado individualmente.

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