Falta de Vitamina E – Sintomas, Causa, Fontes e Dicas
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Solúvel na gordura, a vitamina E é um importante nutriente para o organismo humano, já que possui ação antioxidante, protegendo contra os radicais livres que podem causar danos às células, órgãos e tecidos do corpo.
Ela ainda fortalece o sistema imunológico contra vírus e bactérias, é importante para a formação das hemácias – também conhecidas como glóbulos vermelhos – e ajuda a alargar os vasos sanguíneos, evitando que haja coagulação dentro deles. As células utilizam a vitamina E para interagir uma com a outra, o que é necessário para a execução de diversas e importantes funções.
O nutriente ainda ajuda o organismo a utilizar a vitamina K, que atua na coagulação do sangue, melhora a saúde dos ossos e pode contribuir com a saúde dos vasos sanguíneos.
Falta de vitamina E
A principal causa da falta de vitamina E é a ausência das quantidades adequadas do nutriente no organismo. Distúrbios no fígado ou na vesícula biliar, pancreatite, fibrose cística e outras condições que prejudicam a absorção de gordura também podem comprometer a absorção do nutriente e aumentar os riscos de desenvolvimento da carência de vitamina E.
Isso porque a vitamina E é solúvel em gordura, o que significa dizer que ela necessita da gordura para ser absorvida. Assim, uma dieta pobre em gorduras é outra causa para a falta de vitamina E no organismo.
Recém-nascidos e bebês nascidos prematuros têm maior risco de ter deficiência de vitamina E. No entanto, as chances diminuem com o passar do tempo, visto que o leite materno transfere quantidades suficientes do nutriente aos bebês.
Além disso, pessoas que moram em países em desenvolvimento têm mais chance de sofrer com a falta de vitamina E do que a população de países desenvolvidos.
Confira abaixo uma lista que mostra quanto de vitamina E cada pessoa, conforme sua faixa etária, deve ingerir diariamente:
- De zero a seis meses: 4 mg/dia;
- De sete a 12 meses: 5 mg/dia;
- De um a três anos: 5 mg/dia;
- De quatro a oito anos: 7 mg/dia;
- De nove a 13 anos: 11 mg/dia;
- A partir de 14 anos: 15 mg/dia;
- Adolescentes e mulheres grávidas: 15 mg/dia;
- Adolescentes e mulheres que estejam amamentando seus bebês: 19 mg/dia.
Enquanto o excesso do nutriente pode aumentar o risco de malformações congênitas em bebês, sangramento no cérebro e aumentar as chances de surgimento de câncer de próstata, a deficiência de vitamina E pode ser responsável por uma condição chamada anemia hemolítica, que é caracterizada pela falta da quantia suficiente de glóbulos vermelhos no organismo.
A doença traz sintomas como mau humor, fraqueza, cansaço mais frequente do que o normal, dor de cabeça, problemas para se concentrar ou raciocinar, coloração azul no branco dos olhos, fragilidade nas unhas, leve tontura ao levantar, pele pálida, falta de ar e língua dolorida.
A falta de vitamina E também traz complicações como dificuldades para engravidar e infertilidade.
Sintomas da falta de vitamina E no organismo
Quando uma pessoa sofre com a deficiência de vitamina E, ela apresenta os seguintes sintomas:
- Perda de equilíbrio;
- Perda de reflexos;
- Falta de coordenação;
- Dificuldades para andar;
- Doenças gastrointestinais;
- Cabelo seco;
- Perda de cabelo;
- Limitação na cicatrização nos tecidos;
- Cãibras nas pernas;
- Retinopatia da prematuridade, doença dos olhos observada em bebês prematuros, que é uma das principais causas da cegueira infantil;
- Perda de peso e crescimento retardado em bebês;
- Problemas de desenvolvimento físicos e mentais em bebês;
- Doença hepática crônica que causam déficits neurológicos em crianças;
- Perda grave da coordenação dos movimentos musculares com perda de reflexos profundos dos tendões em crianças;
- Ataxia (perda do controle muscular em movimentos voluntários) do tronco e dos membros em crianças;
- Paralisia dos músculos extraoculares responsáveis pelos movimentos dos olhos em crianças;
- Fraqueza muscular em crianças;
- Queda da pálpebra superior em crianças;
- Disartria – distúrbio da articulação da fala – em crianças;
- Crescimento lento em crianças;
- Problemas neurológicos em adultos;
- Fragilidade dos glóbulos vermelhos em adultos;
- Manchas da idade em adultos;
- Catarata em adultos;
- Diminuição da libido em adultos;
- Anormalidade nas funções do cérebro, dos músculos, do fígado e da medula óssea em adultos.
A melhor forma de diagnosticar a falta de vitamina E é fazendo visitas constantes ao médico, especialmente para os bebês, crianças, idosos e gestantes, e sempre contar a ele a respeito de qualquer sintoma relacionado à deficiência de vitamina E que esteja experimentando.
Isso é especialmente importante devido ao fato de que alguns dos sintomas acima são condições que não podem ser identificadas pelo paciente por conta própria, como a fragilidade dos glóbulos vermelhos e a doença hepática, por exemplo.
Como repor a falta de vitamina E?
Uma das formas de repor a carência de vitamina E é adicionar alimentos que sejam fontes do nutriente nas refeições. Na lista a seguir, você pode conferir algumas dessas comidas:
- Óleo de gérmen de trigo;
- Óleo de girassol;
- Óleo de cártamo;
- Óleo de milho;
- Óleo de soja;
- Amêndoa;
- Amendoim;
- Avelã;
- Semente de girassol;
- Espinafre;
- Brócolis;
- Manteiga de amendoim;
- Kiwi;
- Manga;
- Tomate;
- Molho de tomate;
- Abacate;
- Aspargo;
- Noz-pecã;
- Damasco seco;
- Amora.
Outra forma de repor a falta de vitamina E é fazendo o uso de suplementos alimentares que contenham o nutriente. Entretanto, você deve começar a usar o suplemento somente após o médico diagnosticar o seu problema e indicar o produto mais apropriado para o seu caso.
Até porque, como vimos acima, o excesso de vitamina E no organismo também pode trazer problemas à saúde.
Como manter os nutrientes dos alimentos ao cozinhar
Para aproveitar bem a vitamina E, assim como os outros nutrientes disponíveis nos alimentos que você consome, é importante prestar atenção ao modo como elas são preparadas, pois isso pode fazer com que esses nutrientes se percam.
E as táticas para evitar que isso aconteça são: cozinhar no vapor, não fatiar muito, cozinhar com a casca, não cozinhar por muito tempo, utilizar pouca água, preparar tudo no fogo alto, não armazenar os alimentos por muito tempo na geladeira e reutilizar a água usada no cozimento para preparar outro alimento, pois essa água pode reter nutrientes, que em vez de serem perdidos, serão reaproveitados em outro prato.