Filhos de Mães com Excesso de Peso Têm Cinco Vezes Mais Chances de Serem Gordos
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Um estudo britânico, realizado pela Universidade de Southampton, descobriu que mulheres que sofrem com excesso de peso e não têm um estilo de vida saudável possuem cinco vezes mais chances de terem filhos gordos.
É que mesmo antes da criança ser concebida, fatores de risco como a obesidade, o hábito de fumar, a deficiência em vitamina D e uma dieta inadequada podem afetar drasticamente o desenvolvimento de um bebê, juntamente com o ganho de muito peso durante a gestação e o fato da mãe não conseguir amamentar o neném.
Os pesquisadores ainda identificaram que os filhos das mães que atendem a pelo menos quatro desses fatores podem chegar aos seis anos de idade com 47% de percentual de gordura corporal maior do que as crianças cujas progenitoras não se classificam em nenhum deles.
A pesquisa foi feita baseando-se em dados de 991 pares de mães e filhos que já tinham participado de um amplo levantamento realizado anteriormente. As mulheres receberam acompanhamento durante e depois do término de suas gestações e os filhos – nascidos entre os anos de 1998 e 2003 – fizeram check-ups regulares de saúde.
Além do resultado relacionado ao peso da criança aos seis anos de idade, o estudo também identificou que quando classificados em quatro dos fatores de risco apresentados anteriormente, ao chegarem aos quatro anos de idade, esses pequenos são quatro vezes mais propensos a sofrerem com o excesso de peso e sua taxa de percentual de gordura verificada é 19% maior do que a das crianças que não possuem nenhum desses fatores de risco.
O coautor do estudo, o professor Cyrus Cooper, disse que ele e a equipe responsável pela pesquisa estão buscando entender o papel que a dieta e o estilo de vida da mãe exercem no desenvolvimento da composição corporal da criança.
“Essas descobertas poderiam ter importantes implicações na política de prevenção à obesidade e nos ajudarão a desenvolver intervenções futuras, para otimizar essa composição corporal, com benefícios para a saúde ao longo da vida”, finalizou em declaração publicada pelo site.
O estudo foi divulgado no American Journal of Clinical Nutrition (Jornal Americano de Nutrição Clínica, tradução livre).