Glibenclamida Emagrece? Para Que Serve e Efeitos Colaterais

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Medicamentos são fundamentais para o tratamento de diversas condições de saúde. Entretanto, isso não significa que eles não possam trazer prejuízos e incômodos dentro de seus, muitas vezes temidos, efeitos colaterais.

E se não é possível rejeitar a indicação do médico em relação a um remédio por conta do medo de ganhar peso, ter dores de cabeça ou diarreia, o que dá para fazer é se informar a respeito do que a substância prescrita pode trazer e procurar se preparar para amenizar essas reações.

É por isso que vamos abordar se a Glibenclamida emagrece e quais seriam os outros efeitos que o medicamento pode trazer. E afial, para que serve a Glibenclamida? Confira abaixo!

Para que serve a Glibenclamida?

Encontrado em comprimidos de 5 mg, em embalagens de 30, 60 e 450 unidades (hospitalar), o remédio é de uso oral e adulto e indicado para os pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 2, em casos que não há a dependência da insulina.

Categorizado na classe dos antidiabéticos sulfonilouréias, ou seja, que estimulam a produção de insulina no pâncreas, ele é apontado como a primeira opção para as pessoas que além da doença também sofrem com a obesidade e não conseguiram controlar os níveis de glicose no sangue somente com mudanças na alimentação e prática frequente de exercícios físicos.

Glibenclamida emagrece?

Na bula do remédio não são mencionados efeitos diretos de aumento ou diminuição de peso, logo num primeiro momento não é possível afirmar se a Glibenclamida emagrece ou engorda.

Entretanto, tendo em vista que o medicamento atua causando uma elevação nos níveis de insulina no sangue, é possível que traga alguma reação de aumento de apetite em algumas pessoas. Nesse sentido poderíamos dizer que existem maiores chances que a substância cause o ganho do que a redução de peso. Isso porque ao sentir mais fome, o paciente ganha uma tendência a comer mais do que o devido ou do que o costume e acumular calorias, que serão transformadas em quilinhos a mais na balança.

Além disso, o simples fato de aumentar a produção de insulina já pode ser algo que contribui para o ganho de peso em pacientes com glicemia normalmente descontrolada.

Mais ainda, como a Glibenclamida causa hipoglicemia, uma condição caracterizada pela diminuição dos níveis de açúcar no sangue e que tem como alguns de seus sintomas a fadiga e fome, essa reação de aumento de peso pode ser ainda maior. Isso porque ao se sentir cansado, o usuário pode diminuir a sua frequência na prática de atividades físicas e reduzir o seu gasto calórico. Já com a fome ainda maior, o seu consumo de calorias continuará a aumentar, estimulando assim o ganho de quilos a mais.

Se bem administrado, e em conjunto com uma alimentação saudável, os pacientes em geral não devem se preocupar se a Glibenclamida emagrece ou engorda.

Outros efeitos colaterais

Na lista a seguir você confere outros efeitos colaterais que podem ser causados pela ingestão de Glibenclamida:

Cuidados e contraindicações

Por conta do efeito de hipoglicemia da substância, é recomendado que as pessoas debilitadas, desnutridas, idosas e que tenham insuficiência hepática, renal, adrenal ou pituitária devam ter bastante cuidado durante o tratamento com Glibenclamida, obedecendo às recomendações do médico.

Vale lembrar que os fatores de risco para a redução de glicose no sangue são mudanças na alimentação, exercício físico intenso ou prolongado, consumo de bebida alcoólica e doença hepática ou renal. Assim, o mesmo cuidado deve ser tomado nesses casos.

Pacientes diagnosticados com insuficiência renal grave não devem fazer o uso do medicamento, assim como pessoas com diabetes do tipo I ou diabetes juvenil. Quem tem hipersensibilidade a um dos componentes da fórmula também deve permanecer longe do produto.

A sua utilização não é indicada ainda para mulheres gestantes ou em processo de amamentação dos seus bebês. Já aquelas que desejam ficar grávidas devem informar e consultar o médico sobre o uso ou não do remédio.

Condições como estresse acompanhado de febre, trauma, cirurgia ou infecção podem gerar um descontrole glicêmico para as pessoas tratadas com Glibenclamida. Nesses casos, pode ser necessário usar a insulina temporariamente no lugar do remédio.

Com o decorrer do tempo, o tratamento prolongado com o medicamento pode resultar na diminuição de sua eficácia. Então, pode haver a necessidade de outra substância para continuar a tratar a diabetes do tipo 2.

Outra recomendação é que o paciente não faça uso de bebidas alcoólicas enquanto utiliza a Glibenclamida. Além disso, ao sentir tontura, suor excessivo, palpitação, fome ou confusão mental, a orientação é colocar uma quantidade pequena de mel ou açúcar na boca, na região que fica entre a gengiva e a bochecha. Se o problema não for solucionado, o ideal é procurar a ajuda do médico.

Pessoas com acidose (excesso de produção de ácido no organismo), fenilcetonúria (doença em que há a incapacidade de quebras as moléculas do aminoácido fenilalanina), coma diabético e cetoacidose (condição caracterizada por altos níveis de glicose que duram alguns dias) também não são aconselhadas a ingerir o remédio.

E, obviamente, o uso de Glibenclamida deve ser feito somente com a prescrição e acompanhamento de um médico e o paciente precisa respeitar as orientações do profissional em relação à duração do tratamento, dosagem e frequência diária de ingestão.

Ao perceber que a Glibenclamida emagrece para você ou sofrer com qualquer um dos efeitos colaterais, especialmente de maneira grave, o ideal é pedir ajuda do médico para resolver o problema e decidir se é hora de parar ou não com o tratamento feito com a substância.

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