Glicefor Emagrece? Para Que Serve, Efeitos Colaterais e Como Tomar
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O médico pode prescrever Glicefor para o tratamento da diabetes do tipo 2, juntamente com uma dieta adequada para a condição. O medicamento pode ser indicado de maneira isolada ou em combinação com outros antidiabéticos orais.
Ele ainda pode ser utilizado para o tratamento da diabetes do tipo 1 como complemento à terapia com insulina. Glicefor também pode ser usado em casos de síndrome dos ovários policísticos, condição caracterizada pela irregularidade dos fluxos menstruais e, frequentemente, excesso de pelos e obesidade.
O remédio é de uso oral, adulto e pediátrico acima dos 10 anos de idade e pode ser encontrado em embalagens contendo 30 comprimidos de 850 mg. A sua venda é permitida somente sob a prescrição médica. As informações são da bula de Glicefor.
Será que Glicefor emagrece?
Agora que já vimos o que é e para que serve o medicamento, estamos livres para seguir em frente e descobrir se Glicefor emagrece. Para tal, o que fizemos foi checar o que a bula do medicamento nos conta a respeito disso.
De acordo com o documento, é possível sim que o remédio provoque a diminuição do peso. Isso porque a perda de apetite é um dos possíveis efeitos colaterais do medicamento.
A bula apresenta esse efeito como uma reação muito comum, ou seja, que atinge mais de 10% dos pacientes que utilizam o remédio. O documento também esclarece que reações como a perda de apetite acontecem com maior frequência no início do tratamento com Glicefor.
Entretanto, se você perceber que seu apetite diminuiu e/ou que você emagreceu durante o seu tratamento com Glicefor é fundamental que avise ao médico a respeito do problema.
Isso porque tanto a perda de peso quanto a redução do apetite são sintomas da hepatite ou inflamação do fígado, outro possível efeito colateral do medicamento. Outros sintomas associados à hepatite, segundo a bula de Glicefor, são o cansaço e o amarelamento da pele ou do branco dos olhos.
Ainda que a hepatite seja classificada na bula como uma reação muito rara do medicamento, ou seja, que afeta menos de 0,01% dos pacientes que usam Glicefor, é importante ser cauteloso e ficar atento a esses sintomas para não correr o risco de ficar sem tratar uma hepatite.
Até porque a bula alerta que se o usuário do medicamento realmente contrair a hepatite, precisará parar de tomar Glicefor, o que deve acontecer sob a orientação do médico.
Outro alerta que deixamos aqui é que você não deve tomar o remédio sem que haja a indicação do médico, apenas baseando-se na possibilidade e em relatos de que o Glicefor emagrece.
A perda de peso ideal é aquela que ocorre de maneira saudável com uma dieta equilibrada, nutritiva e controlada acompanhada por nutricionista, com a prática de exercícios físicos supervisionada por educador físico e com o uso de medicamentos somente quando prescritos por um médico.
Isso sem contar que se automedicar é uma atitude perigosa para a saúde. Ao fazer isso, corre-se o risco de tomar um remédio que é contraindicado sem saber, utilizar dosagens equivocadas que façam mal e expor-se a efeitos colaterais graves desnecessariamente.
Efeitos colaterais de Glicefor
Agora que já vimos se é verdade ou não que Glicefor emagrece, podemos conferir o que bula do medicamento informa a respeito de seus possíveis efeitos colaterais:
- Acidose lática (sintomas: vômitos, dores de barriga com cãibras musculares, sensação geral de mal-estar com grande cansaço e dificuldade em respirar), particularmente em pacientes com rins que não funcionam normalmente; o risco é maior com a diabetes não controlada, jejum prolongado ou ingestão de bebidas alcoólicas. Ao experimentar os sintomas é necessário ir ao médico imediatamente e parar de tomar Glicefor na hora porque a acidose lática pode levar ao coma;
- Risco de desenvolvimento de hipoglicemia (baixa nos níveis de açúcar no sangue) quando Glicefor é administrado junto com outros remédios para diabetes que podem provocar a hipoglicemia;
- Náusea;
- Vômito;
- Diarreia;
- Dor na barriga;
- Alterações do paladar;
- Reações na pele como vermelhidão e urticária;
- Diminuição dos níveis de vitamina B12 no sangue;
- Alterações nos exames de função do fígado;
- Hepatite (inflamação no fígado.
Ao experimentar qualquer um dos efeitos colaterais mencionados acima ou ainda algum outro tipo de reação adversa, procure rapidamente o auxílio do médico, mesmo que o sintoma não aparente ser grave.
Isso é fundamental para checar a seriedade da reação, receber o tratamento adequado, caso seja necessário, e saber como deve proceder em relação ao tratamento com Glicefor.
Contraindicações e cuidados com Glicefor
Algumas pessoas não podem utilizar o medicamento. São elas:
- Quem tem hipersensibilidade (alergia) à metformina ou a qualquer outros dos componentes da fórmula do medicamento;
- Quem tem problema no funcionamento do fígado ou dos rins;
- Quem tem diabetes descontrolada com hiperglicemia grave ou cetoacidose grave (condição caracterizada pelo acúmulo dos chamados corpos cetônicos no sangue, que causa sintomas como dor de estômago, respiração rápida e profunda, sonolência e hálito com odor de fruta);
- Quem estiver desidratado;
- Quem tiver infecção grave;
- Quem estiver em tratamento para problemas cardíacos;
- Quem tiver sofrido um ataque cardíaco recentemente;
- Quem tiver problemas circulatórios graves;
- Quem sofrer com dificuldades respiratórios;
- Quem ingerir bebidas alcoólicas em excesso;
- Quem tiver se submetido a uma cirurgia eletiva de grande porte ou a um exame de contraste contendo iodo como raio-X ou tomografia – nestes casos será necessário parar de tomar Glicefor durante um determinado tempo antes e depois do exame ou da cirurgia, conforme a orientação do médico, obviamente. O médico decidirá se necessita de outro tratamento durante este período;
- Mulheres que estejam amamentando;
- Crianças com menos de 10 anos de idade.
As mulheres que estiverem grávidas, suspeitem de uma gestação ou estejam planejando engravidar devem informar médico, já que o remédio pode ser utilizado somente com a liberação e acompanhamento do médico no caso das gestantes.
O paciente deve ter a sua função renal avaliada antes de iniciar o uso de Glicefor e continuar a fazer a avaliação com regularidade posteriormente – no mínimo uma vez ao ano se estiver com a função renal normal e de duas a quatro vezes ao ano se os níveis séricos de creatinina estiverem no limite superior da normalidade ou a pessoa for idosa.
A possibilidade do comprometimento dos rins exige cautela no tratamento com o remédio como, por exemplo, em idosos que começam a usar remédios para baixar a pressão, diuréticos ou anti-inflamatórios não esteroidais.
Caso o usuário experimente sintomas da hipoglicemia durante o tratamento – fraqueza, tonturas, suores, batimentos cardíacos acelerados, perturbações da visão ou dificuldades de concentração – ele não deve dirigir veículos ou operar máquinas.
Enquanto estiver usando o medicamento, o paciente não deve consumir bebidas alcoólicas. A utilização do remédio deve ocorrer de maneira cautelosa em pacientes idosos.
Ele também deve informar ao médico a respeito de qualquer remédio, suplemento ou planta medicinal que esteja utilizando para que o profissional verifique se não faz mal administrar Glicefor e a substância em questão ao mesmo tempo. As informações são da bula de Glicefor.
Como tomar Glicefor
O medicamento deve ser vendido somente com a prescrição médica, então, cada paciente deve usar a dosagem de Glicefor que foi indicada por seu médico, o que varia de acordo com o caso a ser tratado, além de obedecer aos horários de uso e a duração do tratamento determinados pelo profissional.
Recomenda-se que o tratamento comece com doses pequenas, que poderão ser aumentadas gradualmente, conforme a necessidade do paciente e a avaliação do médico.
Os comprimidos de Glicefor devem ingeridos acompanhados de um copo de água durante ou depois de uma refeição. No caso da indicação de uma tomada diária, o remédio deve ser ingerido de manhã, no café da manhã.
Se o médico prescrever duas tomadas por dia, o medicamento deve ser ingerido de manhã, no café da manhã, e no período da noite, no jantar. Já se o profissional recomendar três tomadas diariamente, os comprimidos deverão ser ingeridos de manhã, no café da manhã, ao meio-dia, no almoço, e no período noturno, no jantar.
Os comprimidos não podem ser partidos ou mastigados. As informações são da bula de Glicefor.