Hemoterapia Emagrece? O Que é, Benefícios, Para Que Serve e Riscos

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Você já ouviu falar da hemoterapia? Não sabe o que é isso? Vamos conhecer um pouco mais sobre o procedimento abaixo, conhecer seus benefícios, para que serve e entender se a hemoterapia emagrece ou não, além de seus possíveis riscos.

O que é hemoterapia?

Segundo o dicionário médico Merriam-Webster, a definição de hemoterapia é um tratamento que envolve a administração de sangue fresco, de uma fração de sangue ou de uma preparação de sangue.

Trata-se da utilização do sangue no tratamento de algum tipo de condição de saúde, que envolve a transfusão de sangue. Nos casos em que o paciente recebe o próprio sangue, o procedimento é denominado auto-hemoterapia.

Uma típica sessão de hemoterapia funciona da seguinte maneira: o médico coloca um torniquete no braço do paciente para estimular a veia a saltar contra a pele. Na sequência, o profissional geralmente extrai uma quantidade de sangue referente a um tubinho e faz um curativo na ferida causada pela agulha.

Então, o sangue é reinjetado no corpo do paciente, geralmente em uma região muscular como a coxa ou o glúteo, apesar da aplicação também poder acontecer no braço. A partir do músculo, a amostra de sangue é distribuída por todo o corpo. A transfusão pode acontecer imediatamente depois da retirada do sangue ou um tempo mais tarde.

No caso da auto-hemoterapia, o sangue é retirado no momento em que a aplicação for feita e ele não recebe nenhum tipo de tratamento.

Para que serve e benefícios da hemoterapia

Os defensores do procedimento afirmam que a hemoterapia ajuda a fortalecer o sistema imunológico, auxilia o processo de cura de ferimentos a ser mais rápido e pode contribuir para o alívio de sintomas de condições na pele e nas articulações.

Os proponentes do tratamento explicam que o fortalecimento do sistema imunológico trazido pela hemoterapia pode ajudar os pacientes a terem uma recuperação de quadros de doenças de maneira mais veloz.

A explicação é que isso acontece porque quando o sangue da pessoa é reintroduzido em seu organismo, o sistema imunológico tem uma ascensão e ataca o sangue, tendo em vista que ele carrega traços da condição em questão.

Acredita-se que esse aumento repentino do sistema de defesa do organismo ajuda a expulsar o resto de infecção do corpo. A hemoterapia é utilizada geralmente para tratar infecções virais como o resfriado e a gripe.

Entretanto, o procedimento também pode ser utilizado no tratamento de problemas de pele como eczema, psoríase e queimaduras. Nessas situações, além de fazer com que o corpo se esforce mais para combater as doenças, a injeção puxa mais sangue para a área afetada.

A consequência disso é que as células recebem uma ajudinha para se renovarem de maneira mais acelerada, o que promove o processo de cura. Nesses casos, o médico também pode escolher tratar o sangue que foi extraído do paciente com oxigênio ou algum medicamento.

Com isso, quando o sangue é reinjetado, ele carrega o medicamento diretamente para a área afetada. Os resultados podem ser mais rápidos porque o remédio não teve que atravessar toda a corrente sanguínea antes de chegar lá.

Por sua vez, o sangue que é tratado com oxigênio geralmente nutre as células e contribui para que elas funcionem de maneira mais forte, o que oferece a elas melhores chances de combater a condição.

A hemoterapia emagrece?

Não é possível afirmar que a hemoterapia emagrece, já que não há fontes sérias e confiáveis que confirmem tal afirmação ou expliquem como isso pode acontecer.

Ainda assim, se você ouvir alguém dizer ou ler em algum lugar que a hemoterapia emagrece, a atitude mais sábia e segura a ser tomada é a de conversar com um médico sério e de confiança e pedir que ele lhe explique sobre o procedimento e se você pode ou não se submeter a ele.

Não se submeta a tratamentos de hemoterapia com leigos de maneira irregular pois isso poderá causar danos graves à sua saúde, como você poderá conferir com mais detalhes no tópico a seguir.

Se a perda de peso é algo que você deseja ou necessita, siga um método comprovadamente saudável e sustentável. Passe a fazer uma alimentação equilibrada, nutritiva, controlada e saudável e pratique exercícios físicos para maximizar o seu gasto total de calorias.

Os riscos da auto-hemoterapia

Uma publicação de 2007 do site do Governo do Estado de São Paulo apresentou depoimentos de especialistas e organizações que se mostraram contra a prática e alertaram quanto aos riscos que a auto-hemoterapia representa à saúde.

Em abril daquele ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou uma nota técnica condenando o procedimento por não existirem estudos que comprovem a eficiência da prática.

No mesmo sentido, a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) alertou que a chamada auto-hemoterapia não possui fundamentação científica e que pode causar efeitos colaterais graves como uma infecção generalizada e levar o paciente à morte.

O professor titular de hematologia e hemoterapia da FMUSP, Dalton Chamone, explicou que a infecção pode ser desenvolvida graças ao fato de existir bactérias na pele. Assim, uma parte dessas bactérias pode entrar na seringa. Ele esclareceu que quando o sangue é injetado no músculo, é formado um hematoma, que é justamente uma cultura de bactérias.

A Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (SBHH) lançou uma nota oficial em que esclareceu que não existem estudos com evidências científicas sobre o tema, tanto na literatura nacional, quanto na internacional, e que os efeitos colaterais, riscos e complicações da auto-hemoterapia são desconhecidos.

A SBHH não reconhece o procedimento como prática médica. Ainda assim, é possível encontrar pessoas sem capacitação na área médica que realizam a auto-hemoterapia.

Isso normalmente acontece em uma casa sem as adequações sanitárias necessárias, trazendo altos riscos de infecção, além das chances da pessoa que se submete ao procedimento sofrer uma contaminação.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) reforçou a proibição da prática da auto-hemoterapia por parte dos médicos ao receber questionamentos e denúncias de leigos que utilizam e divulgam a técnica.

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