Hipotireoidismo – Causas, Sintomas e Tratamento
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A dificuldade para perder peso muitas vezes não é consequência apenas de uma dieta inadequada ou sedentarismo. Há diversos fatores nutricionais que podem retardar o funcionamento do metabolismo e assim dificultar a queima de gorduras. Um dos casos mais populares de Hipotireoidismo é do jogador Ronaldo, o fenômeno. A dificuldade para reduzir peso foi exposta na TV e a deficiência de hormônio se tornou mais popular, o que alertou diversas pessoas que sofriam inconscientemente com esse desequilíbrio. A partir de agora, nós poderemos analisar os efeitos do hipotireoidismo e as melhores formas de identificação através dos sintomas para a escolha de um tratamento adequado para você conquistar uma vida mais saudável e seu peso ideal.
O que é hipotireoidismo?
O hipotireoidismo é a deficiência de produção de hormônios da tireoide. Essa deficiência pode ser consequência de diversas outras doenças que possam afetar direta ou indiretamente a glândula tireoide. A glândula tireóide se localiza na parte inferior do pescoço, logo abaixo do ‘pomo de Adão’. Essa glândula produz o hormônio da tireóide com o auxilio de iodo. Podemos reconhecer que os dois hormônios mais importantes da tireóide são Tiroxina, conhecida como T4, que é convertida em Triiodotironina, conhecida como T3, a qual influencia diretamente no metabolismo das células.
A tireoide também pode ser controlada por uma glândula que se localiza no cérebro, a qual é nomeada como pituitária.
Como confirmar a suspeita de hipotireoidismo?
Você pode se buscar um acompanhamento e avaliação médica, assim, através do pedido de um exame de sangue poderá ter a confirmação de hipotireoidismo ou não. A suspeita é confirmada através de análises do histórico clínico do paciente, por pesquisas de anticorpos e uma reflexão sobre a produção do hormônio tireoide. As investigações são feitas de acordo com cada caso particular.
Causas do hipotireoidismo
Pesquisas avaliaram e provaram que de 3% a 5% dos indivíduos convivem com sintomas de hipotireoidismo em diversos graus. A maior parte de pessoas com essa deficiência de hormônio é constituída por mulheres e a incidência se eleva de acordo com a faixa etária.
A causa mais comum de ocorrência de hipotireoidismo se deve ao fator hereditário, o qual é chamado de tireoidite de Hashimoto, onde a glândula tireóide aumenta de tamanho e a sua capacidade de produção de hormônios tireoidianos é reduzida. Essa doença de Hashimoto é auto-imune e pode atacar inapropriadamente o tecido da tireóide. Esses casos são de 5 a 10 vezes mais comuns entre as mulheres. Pessoas com tireoidite de Hashimoto possuem mais probabilidade de contrair doenças auto-imunes como anemia ou diabetes.
A tireoidite linfocítica nomeia a inflamação da glândula tireóide. Essa inflamação pode ser causada por células brancas do sangue, os linfócitos. Esses casos são mais comuns após gestações e podem afetar até 8% das mulheres após a gravidez. Esse hipotireoidismo é comum após fases de hipertireoidismo; essa fase de deficiência do hormônio pode durar até seis meses. A possibilidade da queda de produção do hormônio permanecer não é descartada, mas normalmente a produção do hormônio se regulariza.
Pessoas que convivem com hipertireoidismo e se submetem a tratamentos com iodo não podem desconsiderar a possibilidade da permanência da baixa produção do hormônio. Se a deficiência do hormônio permanecer por mais de seis meses de tratamento, caracteriza-se como hipotireoidismo, principalmente após cirurgia de extração da glândula tireoide. Deve-se atentar para os tratamentos com iodo, pois ele pode aumentar a possibilidade de ocorrência de queda na produção do hormônio.
Hipófise ou doença do hipotálamo pode influenciar na produção de hormônios da tireóide, pois ocasiona a queda de T4 e T3. Essa doença pode ser chamada de hipotireoidismo secundário em caso de hipófise ou hipotireoidismo terciário em caso de doença do hipólamo.
Como já dito, uma glândula localizada no cérebro pode interferir na produção de hormônios da tireóide. Em caso de cirurgias no cérebro, há a possibilidade de ocorrer uma lesão pituitária, glândula que auxilia no equilíbrio da produção de hormônios da tireóide. Essa deficiência de hormônio normalmente não ocorre isoladamente, assim afetando a produção de diversos hormônios. A lesão pituitária pode interferir no crescimento, na reprodução dos indivíduos e até na função adrenal.
Longos tratamentos com remédios para combater o hipertireoidismo também podem contribuir para a ocorrência da queda de produção do hormônio.
A deficiência de iodo também pode contribuir para a ocorrência de hipotireoidismo.
Sintomas do hipotireoidismo
Os sintomas de hipotireoidismo podem variar de leves a graves. Os sintomas mais comuns são:
- Ganho de peso
- Prisão de ventre
- Queda de cabelos
- Enfraquecimento das unhas
- Intolerância ao frio
- Perda de libido
- Sonolência em excesso
- Depressão
- Inchaços das pernas
- Câimbras
- Pele ressecada
- Fadiga
O aumento da gravidade do hipotireoidismo pode ocasionar inchaços em torno dos olhos e insuficiência cardíaca e em casos ainda mais agravantes, pode desencadear outras doenças graves e levar a lesões traumáticas e resultar em hospitalização, onde se opta por tratamento de reposição do hormônio da tireóide através de injeções.
O adiamento do tratamento de hipotireoidismo pode levar ao crescimento excessivo do coração, ocasiona insuficiência cardíaca e ainda pode levar a acumulação de líquidos na região dos pulmões.
Tratamentos para o hipotireoidismo
É importante priorizar a identificação do hipotireoidismo o quanto antes, pois dessa forma pode-se controlar a produção do hormônio através de medicações mais simples.
O tratamento de hipotireoidismo, na maioria dos casos, requer um tratamento contínuo durante toda a vida. Já foram utilizados comprimidos de T4 e tireoide desidratada, mas não há eficiência comprovada, pois essa tireóide desidratada era obtida de animais, o que não justificavam o uso. Se o hormônio mais ativo é o T3, por que fazer uma reposição de hormônio T4? Mesmo sem as confirmações, ainda há pessoas que preferem o tratamento com T4, pois a dosagem deve ser consumida apenas uma vez ao dia, ao contrario da reposição de T3, que deve ser feita 3 vezes ao dia, devido a seu curto período de efeito, já que a T4 é convertida em T3.
O tratamento para hipotireoidismo pode apresentar melhoras após seis semanas de submissão regular. A coleta de sangue é feita durante as visitas para identificar a reação individual.
Não é recomendável se submeter a tratamentos com altas dosagens de tireoide, pois o excesso pode ser prejudicial à saúde, o que contribui para a ocorrência de osteoporose, descontrole de pressão arterial e até aumento da frequência dos batimentos cardíacos.
Procure acompanhamento médico
Se você se identificou com alguns dos sintomas de hipotireoidismo, busque uma avaliação médica. Um endocrinologista pode te auxiliar de forma segura a reduzir os efeitos e utilizar medicamentos corretos para a normalização da produção do hormônio tireoide. Não adie a visitação ao médico, se as evidências causam dúvidas, busque tratamento o mais breve possível, pois o hipotireoidismo pode ser facilmente controlado e tratado.