Jejum Intermitente 12h ou 24 horas – Diferenças e Como Fazer
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Já pensou ficar 12 horas completas ou até mesmo 24 horas sem comer nada? Se para alguns isso parece totalmente impensável, para outros isso funciona como uma técnica de dieta.
O método consiste em intercalar períodos sem colocar nada de comida no corpo com períodos de alimentação com o objetivo de fazer com que o corpo utilize – e gaste – os seus estoques de massa de gordura.
Entretanto, antes de falar sobre as diferenças entre o jejum intermitente de 12h e o de 24h e como fazê-los, é importante que você saiba que o método é contraindicado para mulheres que estejam grávidas ou amamentando, crianças, adolescentes e pessoas diagnosticadas com doenças crônicas como diabetes e hipertensão.
- Veja também: Jejum ocasional pode ser uma solução rápida para problemas de saúde.
As diferenças entre o jejum intermitente 12h e o de 24h e como fazer ambos
De maneira resumida, a proposta do jejum intermitente de 24 horas, que também é conhecido pelo nome de Coma-Pare-Coma (Eat-Stop-Eat, em inglês), é realmente ficar um dia todo sem comer: se a última refeição da pessoa foi às 20h da segunda-feira, a sua próxima refeição pode ocorrer somente às 20h da terça-feira.
Durante esse período, ela não pode comer nada. Esse processo pode acontecer de uma a três vezes a cada semana, sendo que duas vezes por semana é a frequência mais adotada.
Uma das vantagens do método é o déficit de calorias que ele promove – afinal, se a pessoa fica sem comer ao longo de todo um dia, vai deixar de consumir um bocado de calorias. Por outro lado, algumas pessoas podem apresentar problemas quando ficam sem comer por períodos longos de tempo, em particular aquelas que sofrem com baixos níveis de açúcar no sangue, condição que também é chamada de hipoglicemia.
No jejum de 24 horas, a pessoa pode fazer o seu jejum de um café da manhã até o outro ou de um almoço até o outro, por exemplo. Apesar de não ser permitido o consumo de alimentos sólidos, a pessoa pode ingerir água, café e outras bebidas não calóricas durante o período do jejum.
Ainda que o objetivo seja emagrecer, a pessoa precisa tomar cuidado com a alimentação dos dias em que não estiver de jejum, recomendação que cabe tanto para o jejum intermitente 12h quanto para o de 24 horas.
Profissionais alertam que ao ficar tanto tempo sem se alimentar a pessoa pode ficar mais tentada a comer além da conta no dia seguinte. E pior: acabar consumindo muitos itens de baixa qualidade, ricos em calorias e açúcar e pobres em nutrientes, por exemplo.
Caso ela coma nesses dias para compensar tudo o que não consumiu nos dias de jejum, além de poder passar mal, corre o risco de não conseguir emagrecer como o esperado por recuperar em um dia as calorias que foram economizadas no outro.
Isso também pode levar a um relacionamento nada saudável com os alimentos, o que arrisca o desenvolvimento de distúrbios alimentares. Para evitar que isso aconteça, conte com acompanhamento de médico e nutricionista durante todo o processo do seu jejum intermitente 12h ou 24h.
O jejum intermitente de 24 horas traz uma adaptação mais difícil e recomenda-se que a pessoa faça refeições ricas em fibras antes de dar início ao período de um dia sem se alimentar. Vale lembrar que as fibras são conhecidas por auxiliarem em relação à saciedade do organismo.
O jejum intermitente 12h
Esta versão do jejum intermitente pode ser considerada mais leve graças ao fato de que o período sem comer pode contar as horas de sono do participante. É o tipo mais comum do método e determina que a pessoa passe metade do dia em jejum, fazendo três refeições ao longo de todo o dia.
O sistema pode funcionar, por exemplo, da seguinte maneira: a pessoa para de comer às 20h de um sábado e volta a alimentar-se às 8h da manhã do domingo.
Isso é interessante para quem não está habituado a passar longos períodos de tempo sem comer e sabe que terá dificuldades para passar pelo jejum. Isso porque, se descontarmos as oito horas de sono, o praticante de método passará somente quatro horas sem comer.
Uma vantagem de ficar menos tempo privado dos alimentos é que a pessoa pode ser capaz de se controlar melhor em relação à comilança excessiva do que conseguiria depois de ficar um dia todo sem ingerir um alimento sequer.
Se perceber que dá conta de ficar mais tempo em jejum, ela pode ir aumentando gradativamente as horas sem se alimentar até atingir períodos maiores como o de 24h. Entretanto, é fundamental que esse processo seja feito sob o acompanhamento do médico.
Cuidados com o jejum intermitente 12h e 24h
O primeiro passo que cabe para ambos os métodos é: você deve consultar um médico para saber se realmente pode aderir ao jejum intermitente e contar com o acompanhamento do profissional durante todo o processo.
Por que isso é tão importante? Bem, você ficará um belo período sem fornecer nutrientes e energia ao organismo, logo é necessário ouvir do médico quais precauções precisam ser tomadas para evitar que a sua saúde seja prejudicada.
É importante avaliar o perfil físico e psicológico do paciente e ter critério durante as janelas de alimentação. No ponto de vista médico, ficar sem comer de 12h a 24h pode ser aceitável dependendo do perfil do paciente, o que deve ser analisado pelo profissional.
Quando o jejum intermitente acontece sem a orientação de um profissional de saúde ou é mal executado, pode provocar problemas sérios como desnutrição, desidratação, hipoglicemia, fraqueza muscular e dificuldades de concentração, principalmente nos casos em que o indivíduo fizer parte do grupo de pessoas para as quais o método é contraindicado.
Algumas pessoas também podem experimentar problemas como dor de cabeça, fadiga, ansiedade e irritação ao jejuarem por bastante tempo.
Outro ponto importante é que a pessoa não deve praticar atividades físicas enquanto estiver em jejum porque o corpo não poderá utilizar a energia de maneira devida.