Nível de Eosinófilos Alto – O Que Significa?

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Manter os exames de rotina junto ao seu médico é fundamental para garantir uma saúde adequada. Cerca de 50% das informações coletadas para uma análise de um profissional da saúde são obtidas através de dados laboratoriais. O exame de sangue é simples de ser feito, mas é de fundamental importância para que sejam identificadas quaisquer anomalias nas concentrações de determinadas substâncias no corpo humano.

O sangue é formado por diversos componentes, entre eles os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e as plaquetas. Com um exame de sangue, é possível identificar as concentrações de todos estes componentes, mostrando se o paciente está saudável ou se está ocorrendo algum problema de saúde.

Vamos conferir o que significa o problema do nível de eosinófilos alto e conhecer todas as informações a respeito desta questão.

O que são eosinófilos?

Os glóbulos brancos são uma parte fundamental do sistema imunológico e da proteção de todo o corpo humano. Os eosinófilos fazem parte deste grupo, sendo formados na medula óssea e atuando na defesa do organismo contra agentes infecciosos e invasores como vírus, parasitas ou bactérias. Eles também atuam nos processos inflamatórios contra as doenças alérgicas, por exemplo.

Os eosinófilos representam, em pessoas normais, somente de 1% a 5% dos leucócitos circulantes e são os responsáveis pelos mecanismos de alergia. A concentração normal de eosinófilos no corpo humano pode variar entre 50 e 500 eosinófilos por microlitro de sangue.

Quando nos exames aparecem os eosinófilos elevados ou os eosinófilos baixos, isto pode ser um sinal de que algo está ocorrendo no organismo de forma anormal, mostrando que ele está produzindo maior quantidade de glóbulos brancos para combater alguma infecção ou entrada de corpos estranhos ao organismo.

Os eosinófilos desempenham, basicamente, dois papéis dentro do sistema imunológico. Primeiramente, eles auxiliam na destruição de substâncias estranhas que foram identificadas pelo sistema imunológico. Outro papel desempenhado pelos eosinófilos é a regulação da inflamação, ajudando a controlar e isolar o local afetado.

A eosinopenia é o nome dado à redução do número de eosinófilos, enquanto a eosinofilia é o nome dado para a elevação da quantidade de eosinófilos. O nível de eosinófilos alto no organismo ocorre quando há reações alérgicas, problemas respiratórios como a asma ou quando ocorre alguma infecção causada por vermes.

Estas células possuem um núcleo segmentado e seu citoplasma é recoberto de granulações que são capazes de liberar enzimas responsáveis por diminuir o processo alérgico e as toxinas, atuando de forma efetiva no sistema imune.

O que significa o nível de eosinófilos alto?

A eosinofilia não é uma doença, mas pode ser um sintoma em função do desenvolvimento de uma determinada doença. O nível de eosinófilos alto acima do normal pode ser o indicativo de que o organismo está com algum problema, podendo ser o sintoma de uma infecção parasitária, alguma doença alérgica ou asma. Os níveis elevados de eosinófilos podem ocorrer no sangue e também em tecidos do corpo humano, em locais com a presença de infecção ou inflamação.

A eosinofilia dos tecidos pode ser identificada através de amostras colhidas durante um procedimento exploratório ou em amostras de fluidos corporais, tais como o muco dos tecidos nasais. Já a eosinofilia no sangue poderá ser identificada com um teste de sangue, normalmente um hemograma completo.

O nível de eosinófilos alto é estabelecido quando a concentração dos mesmos está acima de 500 por microlitro de sangue, sendo possível identificar este problema em exames de sangue. Uma contagem acima de 1.500 eosinófilos por microlitro de sangue, que permaneça por um período longo, normalmente por vários meses, pode ser chamado de síndrome hipereosinofílica.

Quando existem eosinófilos elevados acima de 700 por microlitro de sangue, isso pode, inclusive, indicar problemas mais graves, tais como o câncer linfático (Doença de Hodgkin), a artrite reumatoide, doenças autoimunes, lúpus ou mesmo algumas doenças de pele como as dermatites, eczema, entre outros.

Geralmente, os eosinófilos elevados aparecem em pessoas com infecções parasitárias no intestino, com esofagite eosinofílica ou com a doença de Addison. Eles também podem estar associados a doenças de pele, doenças causadas por fungos, doenças endócrinas, tumores, doença de Crohn, síndrome de Churg-Strauss, imunodeficiência parasitária, diversos tipos de câncer, colite ulcerativa, entre muitas outras.

O que significa eosinófilos baixos?

As concentrações de eosinófilos também podem estar abaixo do normal, com concentrações menores do que 50 eosinófilos por microlitro de sangue. Esta contagem pode significar diferentes problemas de saúde, mostrando geralmente que o paciente está com a imunidade comprometida.

Os eosinófilos baixos podem estar relacionados à síndrome de Cushing (excesso de cortisol no organismo), à utilização de substâncias esteroides, intoxicação por álcool, eclâmpsia, choque sistêmico, podendo ocorrer também após um procedimento cirúrgico, em doenças como a AIDS, entre muitos outros.

Cuidados e dicas para pacientes

Normalmente, o problema do nível de eosinófilos alto é identificado somente quando o médico solicita um exame de sangue, não apresentando sintomas aparentes. Desta forma, boa parte dos casos de eosinofilia é encontrada por acaso em exames de rotina.

Assim que o problema for identificado, é importante que se busque a orientação de um médico para que sejam determinadas outras condições ou doenças que possam existir. É importante que seja definida a real causa da complicação e também para que seja definido qual o especialista que irá cuidar do paciente. Pode-se buscar ajudar através de um hematologista, que é especializado em doenças do sangue, um alergista, que é especializado em doenças alérgicas, entre outros.

O tratamento poderá, então, ser definido conforme as condições e distúrbios identificados, dependendo da causa, seja uma alergia, uma infecção parasitária, ou qualquer outro problema que venha a causar a eosinofilia. Em geral, os tratamentos geralmente são eficazes na redução ou na resolução do problema de eosinofilia.

A síndrome hipereosinofílica é um distúrbio raro e que se caracteriza por um aumento persistente, normalmente mais de seis meses, de eosinófilos na corrente sanguínea, variando entre 30% e 70% da contagem total de leucócitos, sem causa aparente. Para o tratamento da síndrome hipereosinofílica, normalmente são utilizados corticoesteroides orais, iniciando-se com a prednisona em doses entre 30 e 60 mg por dia. Caso este medicamento não tenha o efeito desejado, pode-se utilizar um agente quimioterápico.

Conclusão

A manutenção da saúde é fundamental, portanto, mantenha uma rotina adequada de exames periódicos junto ao seu médico de forma a garantir que se esteja totalmente livre de doenças. Os exames de sangue são essenciais para avaliar e diagnosticar possíveis doenças.

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