Pesquisa Conclui que Filhos Obtêm Mais Benefícios que Filhas Quando a Mãe se Exercita na Gravidez
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Um estudo feito com ratos, realizado pela Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, encontrou evidências de que quando uma mãe pratica atividade física durante a gravidez, o filhote obtém maiores benefícios em relação aos efeitos positivos que os exercícios oferecem se for do sexo masculino.
A pesquisa, que foi divulgada na publicação científica PLOS ONE, também chegou à conclusão que mães que praticam exercícios moderados ao longo da gestação contribuem para que seus filhos tenham um peso menor, assim como níveis de insulina e açúcar no sangue mais baixos, o que é importante para diminuir o risco do desenvolvimento de doenças como diabetes do tipo 2 ao longo da vida.
Para obter esses resultados, os pesquisadores submeteram ratinhas fêmeas a uma alimentação rica em gordura que incluiu tortas, bolos e biscoitos durante seis semanas antes do acasalamento e por todo o período de gestação e amamentação. Além disso, elas foram separadas em dois grupos: o primeiro que praticou exercícios de modo voluntário, começando 10 dias antes do acasalamento e indo até o nascimento do filhote, e o segundo, em que as ratinhas não fizeram nenhum tipo de atividade física.
Então, 19 dias depois do nascimento dos filhotes dessas ratinhas, as expressões genéticas deles relacionadas a glicose, metabolismo e a inflamações no tecido adiposo e muscular foram coletadas.
De acordo com a professora e chefe de farmacologia da Escola de Ciências Médicas da Universidade de Nova Gales do Sul, Margaret Morris, que liderou o estudo, a atividade praticada pelas mães durante a gravidez refletiu na diminuição dos depósitos gordura no abdômen do filhote e melhoria do metabolismo de glicose e insulina durante o período de amamentação.
No entanto, a professora Margaret e sua equipe perceberam que o modo como isso acontece é diferente entre machos e fêmeas: “O exercício maternal melhorou significativamente o metabolismo de glicose e insulina nos filhotes machos, enquanto nas fêmeas as melhorias apresentadas foram apenas modestas”, relatou.
A pesquisadora não pode explicar a razão pela qual o processo é diferente entre machos e fêmeas: “Esse é um mistério que nós esperamos resolver com pesquisas posteriores”, completou.
Quanto à relevância do estudo feito por ela e sua equipe, a professora Margaret explicou que os resultados apresentados são úteis para ressaltar ainda mais a importância de se manter uma boa alimentação e praticar exercícios físicos durante a gestação como modo de assegurar a saúde do bebê.