Pesquisa Revela que Correr Demais é Tão Ruim Quanto Não Se Exercitar
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O que você acha que é pior: não praticar nenhum tipo de exercício físico ou se exercitar demais? A verdade é que um hábito é tão prejudicial quanto o outro – pelo menos se a atividade em questão for a corrida –, de acordo com uma pesquisa dinamarquesa realizada ao longo de 12 anos com cinco mil voluntários.
De acordo com a BBC Brasil, o estudo foi feito por pesquisadores do Hospital Frederiksberg, de Copenhague, e entre os participantes avaliados durante período, mil eram praticantes de corrida e quatro mil não fazia nenhum tipo de exercício.
Os cientistas descobriram que aqueles que corriam em ritmo constante por menos de duas horas e meia a cada semana tiveram menores chances de falecer nesses 12 anos. Por outro lado, os grupos daqueles que corriam durante mais de quatro horas por semana ou não praticavam nenhuma atividade física registraram um número de mortes maior.
As análises que mostraram os resultados foram feitas através de questionários preenchidos pelos voluntários. Foi a partir daí que os pesquisadores identificaram que quem corria intensamente mais de três vezes por semana e a mais de 11 km/h tinha a mesma chance de morrer daqueles que ficavam parados.
Com isso, eles concluíram que a melhor maneira de correr é manter um ritmo moderado – de oito km/h – em no máximo três vezes por semana, o que corresponde a duas horas e meia do exercício a cada sete dias.
“Talvez, na verdade, você não devesse praticar tanto (exercício). Não há no mundo recomendações de um limite máximo para o exercício seguro, mas deveria haver”, explicou o pesquisador Jacob Louis Marott, segundo a BB Brasil.
Mas por que isso acontece?
Apesar de não saberem explicar o que está por trás desses resultados, os cientistas acreditam que a causa pode ser as mudanças no coração e nas artérias que a prática de exercícios físicos mais puxados acarreta ao longo do tempo.
“A pesquisa mostra que você não precisa correr maratonas para manter sua saúde”, afirmou a enfermeira especializada em problemas cardíacos da British Hearth Foundantion (Fundação Britânica do Coração, tradução livre) Maureen Talbot, também de acordo com a BBC Brasil.