Pimenta Faz Mal Para os Rins?
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As pimentas costumam ser utilizadas em preparações culinárias para temperar ou dar um gostinho a mais picantes aos alimentos. Mas elas também são compostas por nutrientes como vitaminas, minerais e antioxidantes e estão associadas a uma série de benefícios para a saúde.
A lista com essas vantagens inclui ação anti-inflamatória, antiexpectorante, anti-irritante, antibacteriana, antiartrítica, melhoria da circulação, da absorção de vitaminas, do metabolismo e do humor, estímulo ao sistema imunológico e combate aos radicais livres causadores de doenças e do envelhecimento precoce.
- Veja mais: Benefícios da pimenta para a saúde e boa forma.
Mas não é só isso – as pimentas também podem ajudar em relação ao alívio da enxaqueca, auxílio à saúde dos olhos e da pele, regulação da temperatura corporal e melhoria da digestão, ainda que os benefícios possam variar de acordo com o tipo de pimenta escolhido.
Entretanto, será que além de oferecer sabor e beneficiar a saúde do organismo, esse grupo de alimentos não esconde algum tipo de prejuízo?
Pimenta faz mal para os rins?
Por exemplo, será que comer pimenta faz mal para os rins? Para quem não sabe, esse conjunto de órgãos é responsável por funções como a absorção de minerais, a produção de hormônios, a filtragem do sangue e a produção de urina.
Os rins também trabalham na excreção de resíduos como as toxinas, o controle do nível de água no organismo e a regulação da pressão arterial, dos glóbulos vermelhos e de ácido no corpo.
O Centro Médico da Universidade de Maryland nos Estados Unidos explicou que a capsaicina, que é um componente encontrado em diversas pimentas como a caiena, a tabasco, a espora, a dedo-de-moça, a malagueta, a cumari, a pimenta-de-cheiro e outras pimentas vermelhas, é um aspecto fundamental para entendermos se a pimenta faz mal para os rins.
Isso porque, segundo a instituição, um dos efeitos colaterais atribuídos ao consumo da capsaicina em excesso – que pode acontecer por meio da ingestão de pimentas – é o dano aos rins, ao lado de outros problemas como a perturbação estomacal, o dano ao fígado, a dor abdominal, o aumento da acidez estomacal, a diminuição do efeito de medicamentos redutores do ácido no estômago e a potencialização dos efeitos de remédios diluidores do sangue. O consumo normal, sem exageros, não seria preocupante.
Pimentas já foram apontadas como benéficas para quem sofre com doença renal crônica
Por outro lado, já foi afirmado que pimentas picantes podem beneficiar a saúde de pessoas que sofrem com doença renal crônica.
Um dos pontos levantados é que as pimentas podem ser utilizadas como substitutas do sal na hora de temperar os alimentos e, dessa maneira, diminuir o consumo de sódio, que costuma ser uma das recomendações passadas para as pessoas que sofrem com a doença.
Isso porque a National Kidney Fundation (Fundação Nacional dos Rins) dos Estados Unidos recomenda que as pessoas que sofrem com a doença renal crônica substituam o sal de mesa convencional por ervas e pimentas.
As pimentas picantes também possuem a habilidade de diminuir as inflamações, que podem ser as responsáveis pelo desenvolvimento de coágulos sanguíneos e pela elevação das chances de ocorrer um problema cardiovascular em pessoas diagnosticadas com doença renal crônica.
Além disso, graças às propriedades antimicrobianas que algumas pimentas apresentam, elas podem auxiliar a coibir as doenças cardiovasculares.
As pimentas que são ricas em vitamina A e vitamina C, como é o caso da jalapeño, da malagueta, da biquinho, da cumari, da cambuci e da pimenta rosa, ainda podem ajudar o organismo dos pacientes com doença renal crônica a combater doenças e ter o seu sistema imunológico fortalecido.
- Veja mais: 10 tipos de pimenta e seus benefícios.
Já que falamos da pimenta malagueta, vale a pena destacar que, ela trabalha da diminuição da quantidade de insulina que o corpo necessita para diminuir os níveis de açúcar no sangue, o que é benéfico para pessoas que sofrem com a doença renal crônica e também foram diagnosticadas com diabetes.
A capsaicina encontrada em diversas pimentas também foi associada ao auxílio à diminuição da pressão arterial. A pressão alta é um fator proeminente para a doença renal e que pode inclusive piorar a condição dos rins.
De qualquer forma, ao ser diagnosticado com um problema nos rins, a coisa mais segura a ser feito é conversar com o médico a respeito de como a alimentação deve ser a partir de então e questioná-lo se o consumo de pimenta faz mal para os rins no seu caso ou não, e se deve utilizar pimentas como substitutas do sal de cozinha.
A pimenta do reino faz mal para os rins?
Graças ao fato de se tratar de um ingrediente popularmente utilizado em temperos que são adicionados a pratos em nosso país, é importante que tratemos especificamente da questão se a pimenta do reino faz mal para os rins.
A recomendação para prevenir o desenvolvimento de cálculo renal (pedra nos rins) é consumir uma colher de chá de pimenta do reino diariamente. A limitação existe porque o ingrediente é fonte de oxalato.
O oxalato é uma molécula simples que se liga ao cálcio na urina em uma combinação que pode dar origem justamente às pedras nos rins. Por conta disso, o Centro Médico Batista da Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos, orienta limitar o consumo de alimentos com níveis elevados de oxalato.
Outros alimentos que trazem a molécula em doses elevadas são o espinafre, o aipo, o chocolate, a salsa, o ruibarbo, a uva-do-monte (cranberry), o amendoim, a soja e o farelo.
Outros cuidados com as pimentas
A forma mais saudável de ingerir o alimento é em sua forma fresca, o que garante que seus nutrientes sejam preservados. Molhos, conservas, geleias e pimentas desidratadas, por exemplo, podem sofrer perda de nutrientes, principalmente de vitaminas.
Ainda que não exista uma quantidade específica recomendada de consumo diário do alimento, a orientação é ingerir a pimenta até quatro vezes ao dia.
Além disso, algumas pimentas podem interagir com medicamentos. Assim, ao receber a prescrição de um remédio, questione seu médico para saber se há a contraindicação do uso de pimentas enquanto utilizar o medicamento em questão.
Antes de usar qualquer um dos tipos de pimenta para auxiliar o tratamento de algum problema de saúde, não deixe de consultar o médico. E não confie somente no ingrediente para resolver a condição, mas obedeça todas as recomendações deixadas pelo médico em relação ao tratamento.