Polivitamínicos – Benefícios, Qual Comprar, Qual é Melhor e Dicas

Categorias: Suplementos / Vitaminas e Minerais

capa

Em um mundo onde a correria impera e os restaurantes fast-food surgem praticamente a cada esquina, não é difícil encontrar pessoas que não sigam uma alimentação de qualidade e sofram com deficiências nutricionais.

E quando uma pessoa descobre que possui esse tipo de problema, uma alternativa que ela tem para resolvê-lo é recorrer aos polivitamínicos, que podem vir em forma líquida, em comprimidos, em cápsulas ou em pó, e trazem doses de vitaminas e minerais em sua composição e podem completar aquilo que está em falta no corpo.

Embora eles não possam substituir uma alimentação saudável, os polivitamínicos são capazes de suprir as deficiências decorrentes de uma dieta desequilibrada, que exclui grupos alimentares das refeições.

Benefícios dos polivitamínicos

Para funcionar bem, o organismo humano precisa ser abastecido por uma série de vitaminas e minerais. Por exemplo, enquanto o cálcio e a vitamina D são necessárias aos ossos, o ferro é importante para o transporte de oxigênio, a vitamina C possui ação antioxidante, que ajuda a proteger o organismo, e o potássio atua na transmissão de impulsos nervosos, na contração muscular e função cardíaca.

Ou seja, quando o corpo não possui doses adequadas dessas substâncias, certamente não funcionará direito e a pessoa sofrerá com sintomas, e até mesmo doenças, por conta dessa desnutrição. E, enquanto melhorar a alimentação é fundamental para obter resultados positivos a longo prazo em relação ao problema, utilizar polivitamínicos é outra solução benéfica a curto prazo, já que uma dose de produto traz um valor aproximado da quantidade de determinados nutrientes que é necessária por dia.

Assim, o principal benefício a ser destacado dos polivitamínicos é que eles fornecem de maneira prática e rápida doses dos nutrientes que estão em falta no organismo, contribuindo para a melhoria do funcionamento do corpo e o restabelecimento da saúde, nos casos em que a deficiência nutricional causa problemas sérios.

Qual polivitamínico comprar? Qual é melhor?

Não é possível definir, de maneira geral, qual o melhor polivitamínico. Isso porque cada versão do produto é indicado para um tipo de pessoa, de acordo com sexo, faixa etária e necessidades nutricionais. Mas o que podemos fazer é indicar alguns pontos que devem ser levados em consideração na hora de escolher um complexo de vitaminas e minerais para complementar a alimentação.

O primeiro deles é ler atentamente à embalagem do produto e verificar quais os nutrientes que ele fornece. Assim, você poderá ver se ele tem o que o seu corpo está em falta e poderá descobrir se ele é realmente indicado para você.

Mas como saber que tipo de nutriente está em falta no meu organismo? Só consultando-se com um médico é que é possível ter a resposta. Mesmo que as deficiências nutricionais tragam sintomas, é o médico que dará a certeza de como as coisas andam no seu organismo. Isso também é importante para que você não compre um polivitamínico sem a necessidade e ingira vitaminas em excesso, algo que segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pode causar ou agravar doenças.

A questão da hipervitaminose

Uma delas é a hipervitaminose, o envenenamento por vitaminas que é mais grave nos casos das vitaminas A e D, e traz como sintomas iniciais a pele seca, rachadura nos lábios, queda parcial das sobrancelhas e a diminuição e aspereza dos cabelos. A doença surge na maioria dos casos em decorrência do uso de determinados polivitamínicos e dificilmente por conta da alimentação.

Pelo mesmo motivo é importante tomar cuidado os suplementos vitamínicos que trazem doses de nutrientes maiores do que 100% da ingestão diária recomendada (IDR) dessas substâncias, que ao serem acumuladas exageradamente no organismo, podem se tornar tóxicas. Hoje em dia, muitos estudos buscar mostrar que a IDR é baixa demais em alguns casos e a pessoa deve sim suplementar muito além desses valores, como por exemplo a vitamina D para pessoas que não costumam pegar sol. Mas é preciso avaliar cada nutriente para não exagerar na vitamina ou mineral toxico em níveis muitos altos.

Verifique também se o produto contém todos os nutrientes básicos que compõe um polivitamínico: vitamina C, vitamina B1, vitamina B2, vitamina B3, vitamina B6, ácido fólico, vitamina B12, vitamina B5, biotina, vitamina A, vitamina D2 ou D3, vitamina K, potássio, selênio, iodo, zinco, borato, molibdênio, betacaroteno e ferro.

Qual comprar – Escolha um polivitamínico que se adeque às suas características

Outro aspecto importante é levar em conta qual complexo de vitaminas e minerais se encaixa no seu caso específico. Se você é uma mulher de 25 anos, deve procurar um produto com uma fórmula específica para o seu sexo e idade. Já se você for um homem com mais de 50, deve levar para casa outro tipo de polivitamínico que atenda suas necessidades, que são diferentes de uma mulher mais nova, por exemplo.

Composição

Há ainda a questão dos polivitamínicos feitos à base de alimentos integrais e aqueles que são sintéticos, ou seja, foram produzidos em laboratório e trazem substâncias químicas em sua composição. A crítica que se faz aos sintéticos é que eles podem ser menos eficientes no organismo do que os produtos obtidos com os alimentos integrais.

Qual comprar – Preço

É claro que o preço sempre acaba sendo levado em consideração, e é bom saber que pagar mais caro por um produto que promete maravilhas que vão muito além do fornecimento de vitaminas e minerais pode ser uma furada. Isso porque, em relação a outros benefícios, apenas um estudo associou o uso desses suplementos com uma redução de 8% na incidência de câncer em homens, enquanto outras pesquisas não identificaram tal efeito e, em alguns casos, identificaram que eles podem elevar o risco de câncer.

Já no que se refere à melhoria do desempenho físico, um experimento científico não detectou nenhum avanço na performance de corredores três meses após o uso de polivitamínicos e um estudo do ano de 2006 acerca de um suplemento vitamínico líquido não observou nenhum efeito causado pelo produto sobre o desempenho de pessoas que seguiam uma dieta de qualidade em exercícios rápidos e de alta intensidade (anaeróbicos), como musculação.

Por outro lado, comprar um produto de baixa qualidade, simplesmente porque seu preço é baixo pode não dar o resultado que você espera dos polivitamínicos. O ideal é encontrar um equilíbrio, entre um produto que traga os nutrientes que você precisa, mas não coloque o valor nas alturas.

Por fim, para ter segurança total em relação ao polivitamínico escolhido, é fundamental perguntar ao médico qual é o melhor para o seu caso e consultá-lo ainda em relação à dosagem necessária e duração do tratamento.

Como tomar

Para melhorar a absorção, a orientação é ingerir uma dose do polivitamínico durante uma refeição. Nos casos em que o usuário consumir mais de uma porção do produto por dia, o ideal é tomar cada uma das doses em horários diferentes.

Referências adicionais:

  1. “Should You Take A Multivitamin? Benefits & Side Effects”.
  2. Harvard – School of Public Health. “Vitamins”.
  3. A Calorie Counter. “Multivitamins – Benefits, Side Effects & The Best Multivitamin Brand”.
  4. “Vitamin pills have ‘limited benefit’, say researchers”.
  5. Fry, Andrew C., et al. “Effect of a liquid multivitamin/mineral supplement on anaerobic exercise performance.” Research in Sports Medicine 14.1 (2006): 53-64.
  6. Huang, Han-Yao, et al. “The efficacy and safety of multivitamin and mineral supplement use to prevent cancer and chronic disease in adults: a systematic review for a National Institutes of Health state-of-the-science conference.” Annals of internal medicine 145.5 (2006): 372-385.
  7. Blot, William J., et al. “Nutrition intervention trials in Linxian, China: supplementation with specific vitamin/mineral combinations, cancer incidence, and disease-specific mortality in the general population.” Journal of the National Cancer Institute 85.18 (1993): 1483-1491.
  8. Omenn, Gilbert S., et al. “Effects of a combination of beta carotene and vitamin A on lung cancer and cardiovascular disease.” New England journal of medicine 334.18 (1996): 1150-1155.
  9. Lappe, Joan M., et al. “Vitamin D and calcium supplementation reduces cancer risk: results of a randomized trial.” The American journal of clinical nutrition 85.6 (2007): 1586-1591.

Fonte

Artigos relacionados