Prednisona Engorda?
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Prednisona é um medicamento indicado para o tratamento de casos de distúrbios endócrinos, problemas dos ossos e músculos como artrite, osteoartrite e bursite, doenças do colágeno, doenças dermatológicas como dermatite, micose e psoríase, condições relacionadas à alergia como rinite e asma, doenças dos olhos como conjuntivite alérgica, doenças respiratórias como tuberculose pulmonar e distúrbios do sangue como anemia.
A prednisona, que está categorizada na classe dos corticoides, também pode ser utilizada como remédio paliativo de leucemia em adultos e crianças e linfomas em adultos, controlar estados de inchaço motivados pelo excesso de líquido nos tecidos do corpo e tratar a meningite tuberculosa.
Sua comercialização está autorizada somente mediante a apresentação de receita médica e a substância pode ser encontrada para venda em caixinhas com 10, 20, 30 60, 90, 100, 200 e 500 (embalagem hospitalar) comprimidos de 5 ou 20 mg. A sua ingestão é via oral e seu uso é tanto pediátrico quanto adulto.
Prednisona engorda?
Uma preocupação que algumas pessoas podem ter, especialmente aquelas mais dedicadas à manutenção da boa forma física e que não gostam de exibir quilinhos em excesso, ao terem a indicação do médico de utilizar determinado remédio, é se ele traz o aumento de peso como um de seus efeitos colaterais ao não.
E quanto ao medicamento que estamos abordando? Será que a Prednisona engorda? Apesar do aumento de peso não aparecer listado na bula do medicamento, é possível afirmar sim que ele pode estimular o crescimento do número que aparece na balança. Essa é uma das reações geradas pelos corticoides, grupo em que ele está incluído.
A Prednisona engorda de acordo com a dosagem que o paciente é orientado a tomar. A tendência é que isso aconteça quando ele ingere a partir de 5 mg diariamente da substância, que além do ganho de peso, pode causar também acúmulo de gordura no tronco e no abdômen.
E conforme a dose do remédio sobe, é provável que a quantidade de quilos ganhos também aumente.
Além disso, existe ainda a possibilidade de o remédio trazer outros problemas como fraqueza muscular, osteoporose, fratura de ossos longos e ruptura de tendão. Todos esses efeitos impossibilitam a prática de atividades físicas com regularidade e tornam o paciente menos ativo, o que contribui para um gasto calórico menor. Isso pode resultar em um acúmulo extra de energia, que se reverte em mais gordura corporal e um peso maior.
Para quem cultiva massa muscular no corpo ou deseja adquirir o crescimento nesse quesito, é importante informar que Prednisona também pode causar a perda de massa muscular.
Para amenizar essa situação, a recomendação é que ao utilizar o medicamento, a pessoa tome um cuidado especial com a alimentação, esforçando-se para fazer refeições saudáveis e equilibradas, que forneçam nutrientes ao organismo ao mesmo tempo que não exagerem na quantidade de calorias. Passar longe de guloseimas, besteiras e frituras que causam o acúmulo de gordura também é uma boa alternativa.
E para quem sofre com a magreza excessiva, vale ressaltar que o uso do remédio não é indicado para tratar o problema. Isso porque ele tem como propósito lidar outras condições e é perigoso expor o organismo aos seus efeitos colaterais sem a devida necessidade. Em vez de ingeri-lo, o melhor é investir em uma dieta própria para o ganho de peso e, principalmente, pedir a ajuda de um médico para encontrar um método saudável e eficiente para atingir o peso adequado.
Outros efeitos colaterais
Já foi dito acima que a Prednisona engorda, pode causar fraqueza muscular, osteoporose, fratura de ossos longos e ruptura do tendão. Veja a seguir quais os outros efeitos colaterais possivelmente trazidos pelo uso da substância:
- Retenção de sódio;
- Perda de potássio;
- Retenção de fluídos;
- Insuficiência cardíaca congestiva em pessoas com tendência ao problema;
- Hipertensão;
- Alcalose hipocalêmica – condição em que os fluídos do corpo ficam acima do pH normal causa pelo baixo nível de potássio no corpo;
- Agravamento dos sintomas de miastenia gravis – doença caracterizada pela fraqueza muscular;
- Fraturas por compressão vertebral;
- Necrose asséptica da cabeça do fêmur – morte das células ósseas na região;
- Úlcera péptica – ferida que se desenvolve no interior do esôfago, estômago e duodeno;
- Miopatia – doença que afeta os tecidos musculares;
- Pancreatite;
- Distensão abdominal;
- Esofagite ulcerativa – inflamação no esôfago com formação de feridas;
- Retardo na cicatrização;
- Atrofia na pele;
- Pele fina e frágil;
- Petéquias – pontos vermelhos no corpo;
- Equimoses – manchas roxas na pele causadas por extravasamento de sangue;
- Eritema facial;
- Suor excessivo;
- Reações alérgicas;
- Convulsão;
- Aumento da pressão intracraniana;
- Vertigem;
- Dor de cabeça;
- Irregularidades no ciclo menstrual das mulheres;
- Supressão do crescimento de feto ou crianças;
- Insuficiência suprarrenal ou hipofisária;
- Redução da tolerância a carboidratos;
- Manifestação de diabetes mellitus latente;
- Aumento da necessidade de insulina ou remédios do tipo hipoglicemiantes em portadores de diabetes;
- Catarata;
- Glaucoma;
- Elevação da pressão dentro dos olhos;
- Exoftalmia – olhos saltados;
- Euforia;
- Alterações na personalidade;
- Depressão grave;
- Insônia;
- Desenvolvimento do estado cushingoide – em que os níveis do hormônio do estresse, o cortisol, estão elevados;
- Balanço nitrogenado negativo causado pelo desgaste de proteínas;
- Catarata congênita nos fetos de usuárias grávidas;
- Insuficiência adrenal por estresse no parto;
- Irritação excessiva.
Contraindicações e cuidados
Como o medicamento pode causar problemas ao feto e à gestante, é importante que o seu uso seja feito com bastante cuidado e acompanhamento médico devido por mulheres grávidas. O mesmo vale para as crianças, tendo em vista que ele pode prejudicar o crescimento.
Prednisona não deve ser ingerida por pessoas que sofram de infecções por fungos que afetem grande parte do corpo ou pacientes com hipersensibilidade a corticoides ou algum dos componentes encontrados na fórmula do remédio.
Quem recebeu a orientação do médico de se tratar com o medicamento deve respeitar adequadamente as suas ordens em relação à dosagem. E ao perceber o aparecimento de uma ou mais reações adversas, o profissional responsável pelo tratamento deve ser informado rapidamente.
Visto que o remédio só pode ser utilizado via prescrição médica, é essencial não se automedicar com ele. É fundamental ter o aval do médico para começar a se tratar com a Prednisona, ou qualquer outro tipo de substância, para não correr o risco de sofrer graves problemas de saúde, seja por conta de contraindicações desconhecidas, seja pelos efeitos colaterais, seja por dosagem equivocada.