Videira Vermelha – Para Que Serve, Benefícios e Propriedades
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Você já ouviu falar da videira vermelha? Saberia dizer o que é isso?
Trata-se de uma planta medicinal também conhecida pelo nome de vigne rouge, cujo nome científico é vitis vinifera. Ela recebe esse nome graças ao fato de sua folhagem ficar avermelhada no período do outono.
A planta pode ser encontrada na região sul da Europa e é a espécie de videira mais produzida no continente europeu.
A videira vermelha é composta por propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, antienvelhecimento e estimulante em relação à circulação sanguínea. Ela ainda possui vitamina B3, vitamina C, polifenóis e flavonoides em sua composição.
Para que serve? Os benefícios da videira vermelha
A videira vermelha está associada a uma série de benefícios. Alguns deles você confere na lista a seguir:
– Normalização da circulação sanguínea
A planta medicinal aumenta o fluxo de oxigênio e nutrientes nas células, o que resulta na maximização das atividades celulares e na diminuição de processos inflamatórios. Seu teor de antioxidantes ainda atua na potencialização da circulação sanguínea periférica.
O extrato das folhas da videira vermelha tem sido utilizado há muitos anos para manter uma circulação saudável na região das pernas. Ao contribuir com a circulação, o extrato da planta também pode prevenir ou amenizar o desconforto causado por dores, inchaço ou cansaço das pernas em decorrência de permanecer sentado ou na posição em pé por bastante tempo.
– Efeito diurético
A videira vermelha combate a retenção de líquidos e consequentemente o inchaço do corpo devido ao fato de promover a eliminação do excesso de água presente no organismo por meio da urina.
– Prevenção e tratamento de distúrbios venosos
A planta possui uma atividade tônica venosa e, portanto, contribui com o combate a distúrbios venosos (referente às veias) como varizes, hipertensão arterial, hemorroidas, inchaço nos membros inferiores, equimose (infiltração de sangue nos tecidos), rosácea (doença na pele que causa vermelhidão) e flebite (doença que afeta as veias das extremidades do corpo).
Uma pesquisa com duração de 12 semanas, realizada com pessoas com idade entre 25 e 75 anos idade, avaliou os efeitos do extrato da videira vermelha em indivíduos que se encontravam no estágio 1 ou 2 da insuficiência venosa crônica.
O resultado foi que tanto a administração diária de uma dose pequena, de 360 mg, quanto de uma dose alta, de 720 mg, mostrou ser segura e eficiente em casos moderados de insuficiência venosa crônica. Entretanto, aqueles que tomaram a dose maior experimentaram uma melhoria mais eficiente e duradoura.
O extrato da planta auxiliou na diminuição de sintomas da condição como o inchaço na parte superior da perna, que é causado pela retenção de líquido.
Mesmo com o resultado animador, para quem sofre com a doença, deixamos a recomendação de buscar orientação de seu médico antes de utilizar a videira vermelha, para ter certeza e segurança de que ela é realmente adequada para o seu caso.
– Elasticidade e firmeza da pele
Efeitos observados graças à ação de aumento da resistência das fibras de colágeno promovida pela videira vermelha.
– Saúde das paredes das veias
O complexo de flavonoides encontrados na videira vermelha pode ajudar no fortalecimento e na reparação de paredes das veias que estejam enfraquecidas ou diluídas (estreitas, afinadas).
– Alívio a cãibras musculares
Acredita-se ainda que a planta medicinal possa colaborar com o tratamento de cãibras musculares noturnas que atingem a região das pernas.
Cuidados com a videira vermelha
Ainda que seja uma planta medicinal considerada segura, pessoas que sofrem com hipotensão – pressão arterial baixa – ou fazem uso de medicamentos anticoagulantes devem consultar o médico de sua confiança para garantir que o consumo da videira vermelha é seguro em seu caso.
Mulheres grávidas ou que estejam em processo de amamentação de seus bebês e indivíduos diagnosticados com problemas no fígado ou nos rins não podem ingerir a planta. Além disso, ao ser consumida em excesso ela pode causar dores de cabeça e problemas gastrointestinais moderados.
Antes de utilizar a planta medicinal como auxiliar para qualquer tipo de tratamento de saúde, não deixe de consultar o seu médico de confiança como forma de se certificar de que a videira vermelha realmente contribuirá com o seu caso em particular e que não fará mal à sua saúde.
Receitas com a videira vermelha
Confira a seguir algumas receitas que levam a planta medicinal.
1. Chá para escalda-pés
Este chá não é para ser ingerido – serve para ser utilizado como escalda-pés como forma de aliviar as frieiras, diminuindo o inchaço. A receita também pode contribuir com a redução de dores nas pernas, no entanto, para que isso aconteça é necessário que elas fiquem submergidas no chá.
Ingredientes:
- 5 colheres de sobremesa de folhas de videira vermelha;
- 5 xícaras de água.
Modo de preparo:
- Misturar os ingredientes em uma panela. Levar ao fogo e deixar ferver durante 10 minutos;
- Desligar o fogo e deixar descansar por mais 10 minutos;
- Coar e, quando o líquido estiver morno, passar para uma bacia e colocar os pés. Repetir o procedimento uma vez a cada semana, preferencialmente no período noturno. Acredita-se que assim a frieira desapareça gradativamente, em algumas semanas.
2. Chá combinado com outras ervas
Esta receita de chá traz outras ervas na lista de ingredientes e serve para melhorar a circulação das extremidades inferiores do corpo, diminuir a inflamação na parede das veias, auxiliar a aliviar as dores das pernas pesadas, o formigamento e as cãibras musculares. Ao contrário da receita anterior, este chá deve ser ingerido.
Ingredientes:
- Hamamélis;
- Gilbardeira;
- Videira vermelha;
- Vara-de-ouro;
- Mel ou açúcar;
- Água.
Modo de preparo:
- Juntar as ervas e misturar quantidades iguais de cada uma delas em um recipiente;
- Ferver uma xícara de água e acrescentar a medida de uma colher de sopa na água fervida;
- Aguardar 10 minutos, coar e adoçar com mel ou açúcar. A recomendação é tomar três xícaras do chá, sendo que cada porção deve ser ingerida após uma refeição. Porém, atenção: este tratamento não deve ser seguido por um período mais longo do que três meses.